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Maduro, copeiro e estrategista: a enorme vitória do Palmeiras

Palmeiras soube sofrer e soube fazer sofrer, soube asfixiar o rival e soube buscar o ar quando estava sendo sufocado. Atuação na Bombonera indica que o caminho é bom

AFP
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O Boca Juniors e sua mítica Bombonera não intimidaram o Palmeiras nesta quarta-feira. O time brasileiro soube sofrer e soube fazer sofrer. Soube asfixiar o rival e soube buscar o ar quando estava sendo sufocado. Soube aproveitar as falhas do adversário e soube abafar os próprios vacilos.

Roger Machado comentou depois da vitória por 2 a 0 que os jogadores executaram com perfeição a estratégia traçada. O objetivo inicial era bem claro: evitar que os argentinos já começassem pressionando e inflamassem ainda mais a torcida. Para isso, o Palmeiras contou com a aplicação tática de todos os seus jogadores, subiu a marcação e passou dez minutos sem deixar o Boca respirar. Uma trapalhada do goleiro Rossi (a primeira da noite) quase resultou em um gol sem querer de Keno. Mais adiante, os dois voltariam a ser personagens...

Aos 11 minutos, o ótimo Pavón acertou o primeiro de muitos dribles em Marcos Rocha e exigiu a primeira de muitas defesas de Jailson. Chegava a hora de "saber sofrer", e o Palmeiras soube. Na verdade, quem sofreu foi o time da casa.

O Boca mandava no jogo, mas ameaçava pouco quando Marcos Rocha (justamente o palmeirense que mais sofria na partida) colocou a bola na cabeça de Keno (talvez o palmeirense mais empenhado em ajudar o lateral a sofrer menos). O atacante aproveitou a falha de Vergini e fez 1 a 0.

​Como já era de se esperar, o Boca se lançou com tudo ao ataque na tentativa de igualar o marcador ainda no primeiro tempo. Com mais sorte do que juízo, o Palmeiras se segurou. Talvez tenha sido o momento de maior instabilidade da equipe na partida, tanto que Abila surgiu livre embaixo da trave duas vezes seguidas, embora estivesse impedido em ambas.

A estratégia para o segundo tempo não poderia ser outra: controlar os ímpetos dos xeneizes e tentar matar o jogo em um contra-ataque. Zagueiros e volantes cresceram no jogo, mas Pavón continuava causando transtornos a Marcos Rocha. Foi aí que Jailson se transformou em herói, permitindo que o placar seguisse igual até Lucas Lima aproveitar nova trapalhada do goleiro Rossi e marcar o segundo. A partir daí, foi só administrar.

Uma vitória enorme em um jogo gigante, daqueles que mostram que o trabalho está no caminho certo. E que o torcedor que viaja até a Argentina para xingar não está tendo uma atitude das mais sensatas.