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Palmeiras defende procedimento com Arouca e vê caso similar ao de Yago

Médicos do clube concederam entrevista coletiva nesta tarde e disseram que o remédio da forma como foi usada não é doping. Zagueiro do Corinthians tomou gancho preventivo

(Foto: Thiago Ferri)
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Os médicos Vinicius Martins e Rubens Sampaio deram explicações sobre o tratamento de Arouca, após o volante ter sido pego no exame antidoping. A substância identificada no teste do volante foi a "triancinolona", por conta de uma infiltração feita no joelho esquerdo. De acordo com os médicos, não houve doping, pois o uso do remédio foi intra-articular, forma autorizada pela Wada (Agência Mundial de Antidoping) e pela comissão de dopagem. O clube vê semelhanças no caso com o de Yago, zagueiro do Corinthians.

- Estamos absolutamente tranquilos ao que causou esta notificação, porque temos tudo documentado devidamente no prontuário e calçado nos exames de imagem - explicou o médico Rubens Sampaio.

- O Arouca foi operado do joelho esquerdo no dia 3 de junho, no início de julho teve um processo inflamatório, e no dia 13 de julho, antes do Inter, ele tinha um quadro inflamatório importante, documentado com exames de imagem e ultrassonografia, isto está no prontuário do atleta. Fizemos uma infiltração com o medicamento Triancil, na caixa deste medicamento consta "uso adulto e intra-articular". É fundamental ressaltar o intra-articular, porque esta substância é dopante em alguns casos e em outros permitido. O DM agiu de acordo com a ciência e regras do jogo, não deixamos ninguém levar vantagem. O uso de corticoide é permitido pela Wada, Fifa, talvez seja a melhor opção no caso e deve ser usado sem caracterizar nenhum dolo. Tudo está documentado, incluindo a infiltração e quando foi o dia. A conduta é médica, justificada e não é doping - acrescentou.

Os médicos levaram o remédio aplicado em Arouca para a sala de imprensa e explicaram que o procedimento é rotineiro. A infiltração aconteceu quatro dias antes do jogo contra o Inter, no qual o camisa 5 ficou no banco de reservas. Por usar a substância de forma que não é considerada dopante (é proibido o uso por via oral, intramuscular, intravenosa ou retal), o Palmeiras nem pedirá a contraprova e tentará acelerar o processo. Ao abrir mão deste passo, o clube espera receber o quanto antes o comunicado da suspensão preventiva, talvez ainda nesta quarta-feira e encurtar o período sem o meio-campista.

A comparação com o caso de Yago se dá por ter sido também um tratamento para dores no joelho com corticoide, mas no caso do corintiano a substância era outra: betametasona. Ele também recebeu o medicamento de forma intra-articular e ficou suspenso por 30 dias. Já com Alecsandro, os médicos não fazem comparação. O atacante foi suspenso por dois anos após ser pego no doping com o uso de anabolizantes. 

- Vamos defender o atleta e a conduta do departamento médico. A defesa vai se basear no fato simples de que o corticoide é permitido em algumas vias e em outras não. Usamos a permitida - encerrou Rubens Sampaio.