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Coordenador científico admite que Palmeiras acelerou recuperação de Veron

Embora já estivesse sem lesão, o clube adiantou processo de condicionamento físico para que o jovem jogasse as decisões do início da temporada e o atleta se contundiu novamente<br>

Veron avançou em sua recuperação, mas segue lesionado (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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Diante da maratona de jogos que se estende desde a temporada passada, o Palmeiras vem sofrendo com o desgaste de seus atletas. Uma das grandes preocupações é com a condição física de Gabriel Veron. O promissor ponta de apenas 18 anos sofre com lesões desde que subiu ao profissional no final de 2019.

Após perder a final da Libertadores e o Mundial na temporada passada, Veron voltou a atuar na final da Copa do Brasil. Depois disso, ficou afastado novamente, mesmo sem lesão, aprimorando sua parte muscular e voltou a campo pelo Alviverde somente na Supercopa do Brasil, contra o Flamengo. No jogo seguinte, pela Recopa, o jogador voltou a contundir-se depois de um pique em direção ao gol adversário.


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O coordenador científico do Palmeiras, Daniel Gonçalves, em entrevista ao canal Análise Verdão, explicou o retorno precoce do jovem aos gramados e admitiu que a comissão técnica o fez por necessidade de peças no momento.

– A gente elaborou um planejamento para o Gabriel Veron. Nós temos cinco fases de reabilitação pós-lesão. A quinta fase, a última fase, é a de condicionamento. Na ocasião, diante da necessidade do Abel Ferreira e diante da importância dos jogos, que era contra o Defensa y Justicia e também o Flamengo, todo clube, direção de futebol, coordenação técnica e núcleo de saúde e performance, optou em diminuir um pouquinho essa fase cinco. De forma que ele pudesse estar à disposição para jogar parte desses jogo – revelou Daniel.

A ideia inicial do clube era que a Cria da Academia jogasse apenas os 15 minutos finais de cada uma das partidas, para evitar extrapolar sua capacidade física momentânea. Contudo, devido às exigências das decisões, o contexto fez com que a comissão optasse em utilizá-lo por mais tempo em campo.

– A gente tinha pensado que pudesse jogar, pelos testes, pelo que ele havia feito. Seriam quinze minutos contra o Defensa e 15 minutos contra o Flamengo, trinta minutos no total. Mas a gente sabe que o jogo de futebol ele tem outras demandas, tem outras necessidades – ponderou.

– Ele acabou entrando trinta minutos contra o Flamengo, e a mesma coisa contra o Defensa. E a gente teve a infelicidade de ter um jogador expulso, que foi o Matías Viña. Infelizmente, com o tempo curto de recuperação e com uma exigência alta da partida, demanda emocional e física também, ele acabou sendo exigido mais do que a gente havia planejado. No jogo, muitas das vezes a gente não controla essas situações. Infelizmente perdemos os jogos e perdemos o Gabriel com uma nova lesão – lamentou o coordenador.

Daniel Gonçalves também colocou a idade de Veron na balança para analisar a questão muscular do jogador, em especial, por causa de sua função em campo que exige muita velocidade e comprometimento físico.

– A gente já tinha verificado uma necessidade de trabalhos musculares específicos, tendo percebido uma assimetria. Ele é um atleta muito rápido, muito potente, então ele atinge facilmente velocidade de trinta e seis, trinta e sete quilômetros por hora, que é compatível com os principais velocistas do mundo.

– O Mbappé atinge essas velocidades. Só que a gente percebe que o Gabriel, por conta dessas lesões do passado, precisa ter um maior tempo de treinamento, que a gente chama de lastro, de forma que a gente possa adquirir um ritmo de treinamento compatível com a categoria profissional. Ele é um atleta em formação, ainda de 18 anos. Sempre jogou muito na na base, defendendo as cores palmeirenses ou defendendo a Seleção Brasileira – afirmou.

Por fim, o coordenador científico revelou que a joia palmeirense já está em fase final de recuperação. Porém, dessa vez, o clube será mais cuidadoso e só voltará a contar com Gabriel Veron quando ele estiver 100% fisicamente,

– Então, ele precisa agora, diante desse processo, ter um treinamento de base. Ele está praticamente recuperado, só que a gente vai ser ainda bastante conservador com ele, não vai estabelecer prazo, de forma que a gente tenha ainda segurança pra colocar em campo na na próxima ocasião – finalizou.

Para reduzir as lesões da prata da casa, o diretor Anderson Barros afirmou que o Verdão decidiu mudar de abordagem no processo de recuperação. Com isso, o clube deve realizar um condicionamento mais prolongado a fim de aperfeiçoar a capacidade muscular de um dos jovens mais valiosos do futebol brasileiro.