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Após dez jogos, Ramires mostra o que se espera dele em primeiro clássico

Prejudicado por sua condição física em 2019 e contestado pelas primeiras atuações nesta temporada, volante foi o principal nome do Palmeiras diante do São Paulo, em Araraquara

Ramires comandou o Palmeiras nos melhores momentos da equipe no Choque-Rei (Agência Palmeiras/Divulgação)
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Ramires realizou no domingo a sua décima partida com a camisa do Palmeiras. Pela primeira vez, encarou um clássico. E, enfim, mostrou o que se esperava de um volante exaltado por sua capacidade de ajudar no meio-campo e carregar o time o ataque, frequentemente como opção. O volante comandou os melhores momentos da equipe no 0 a 0 diante do São Paulo, em Araraquara.

Alguns números apontam o destaque do camisa 18 no Choque-Rei. Segundo o Footstats, ele foi o líder do time em desarmes: três, assim como Zé Rafael, com todas as tentativas certas de ambos - na partida, Juanfran apareceu como o maior no quesito, com cinco desarmes. E Ramires ainda divide com Dudu o posto de mais dribles certos na partida, tanto envolvendo jogadores do Verdão quando do São Paulo: dois, sendo que Dudu ainda errou um drible, enquanto o meio-campista teve 100% de correção em suas duas tentativas.

A atuação mais convincente de Ramires pelo Palmeiras desde sua contratação, em junho, veio depois de uma sequência de críticas. O volante demorou a ter plenas condições físicas de jogo, tanto que, nos últimos meses, fez trabalho separado e o então técnico Mano Menezes chegou a aceitar a possibilidade de utilizá-lo só em 2020, mas ele participou de três dos últimos cinco jogos no ano.

Ramires começou a temporada prometendo melhora, mas iniciou na reserva. Vanderlei Luxemburgo começou a Florida Cup com Bruno Henrique e Patrick de Paula entre os titulares no 0 a 0 diante do colombiano Atlético Nacional. No jogo seguinte, ainda nos Estados Unidos, viu Gabriel Menino ganhar chance no 2 a 1 sobre o norte-americano New York City, mas acabou entrando com três minutos de jogo, já que Bruno Henrique sofre lesão muscular.

Tanto contra o time dos Estados Unidos quanto no 4 a 0 sobre o Ituano, na estreia do time no Paulista, na quarta-feira, Ramires ouviu contestações e até pedidos para que o originalmente meia Zé Rafael entrasse no seu lugar. Mas o Choque-Rei em Araraquara serviu como comprovação da qualidade do jogador destaque do Chelsea campeão europeu em 2012 e que, aos 32 anos, tem contrato com o Palmeiras até 30 de junho de 2023.

- Estou trabalhando sempre para melhorar. Não atingi ainda a minha melhor forma, mas o trabalho está sendo feito e, a cada jogo que passa, eu me sinto melhor. Espero continuar assim para poder ajudar muito mais a equipe dentro de campo - comentou Ramires, já ouvindo Luxemburgo elogiá-lo e, também, pedindo calma porque ele pouco atuou em 2018 e 2019, na China.

- Com certeza, o Ramires crescerá. Isso mostra que não é um jogador em fim de carreira. Está sem treino e vem de uma cirurgia. Quando se recuperar, não tenho dúvida de que dará muitas alegrias. Tem dinâmica e marcação excelentes. Rouba muita bola, tem pegada muito boa e dá aquelas arrancadas para o ataque, se aproximando. Mas preciso ter calma. Na China, não há tanta qualidade de jogo quanto aqui - argumentou o treinador.

A expectativa fica para o desempenho de Ramires na primeira partida do Palmeiras na capital paulista na temporada. Ainda com o Allianz Parque vetado para implantar grama sintética, o Verdão recebe o Oeste, às 19h15 de quarta-feira, no Pacaembu, pela terceira rodada do Campeonato Paulista.