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Pai de Leandro Lo desabafa em enterro do filho: ‘Sentimento de revolta’

Lutador e campeão mundial de jiu-jitsu, brasileiro levou tiro na cabeça em boate na Zona Sul de São Paulo

Leandro Lo era lutador e campeão mundial de Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução/Instagram Leandro Lo)
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A morte de Leandro Lo, campeão de Jiu-Jitsu, deixou todos chocados. Baleado na cabeça após discussão em noitada, na Zona Sul de São Paulo, o lutador deixou um grande legado no esporte. Durante o enterro, o pai do atleta, Luciano Nascimento, comentou sobre o sentimento de revolta com o ocorrido. 

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- Sentimento de revolta é absurdo né? Não tem como mensurar o acontecido, não tem como. Você está numa balada, curtindo com os amigos, lugar conhecido e vem um policial militar e faz uma besteira dessa. Isso é um absurdo, não pode existir de forma nenhuma. O país precisa pensar nessas coisas, não é dar carteirada entrar com arma e tirar a vida do meu filho assim, ficar por isso mesmo. Ele deveria nos proteger, não tirar a vida do cidadão de bem - disse, em entrevista ao LANCE!. 

Ele tinha acabado de voltar do mundial, estava bem, tranquilão de saúde, treinando legal. A pessoa interrompe uma carreira dessa, ninguém se conforma e ninguém deve se conformar com isso. Eu sou pai, ingressei com ele no jiu-jitsu - completou. 

O pai do lutador também falou um pouco sobre a relação com o filho. Além de ter explicitado que começaram juntos no jiu-jitsu, Leandro comentou sobre a alegria de Lo, especialmente quando estava praticando o esporte. 

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- A nossa relação sempre foi muito boa, desde que ele nasceu. Quando ingressamos no jiu-jitsu, fiquei 15/16 anos treinando com ele. Sempre foi um ótimo filho, disposto a ajudar, coração bom. Não sei expressar palavras para quem tirou a vida do meu filho - frisou, antes de prosseguir:

- Esse processo foi intenso. Desde a faixa branca em 2002, ele queria depois de capoeira e caratê. Chegamos lá, até ele ser campeão mundial, foi um negócio muito louco. Ele era espetacular, dava para prever o sucesso. Quando ele era pequeno, ele fazia tudo com vontade. Na época era Andre Galvão, o próprio Minotauro. Graças a Deus ele teve força, coragem e vontade - analisou. 

Por fim, já emocionado com a cerimônia, Luciano Nascimento pediu justiça para o filho. A entrada de uma pessoa armada em um evento privado, além de chocar o pai de Lo, aumenta o nível de cobrança por segurança no futuro. 

- A Justiça já existe naturalmente num processo desse. A gente tem que cobrar para não deixar no esquecimento e esse bandido estar na rua novamente. Vamos estar cobrando advogado, polícia e tudo mais. Ele tem que ser lembrado sempre com alegria dele, antes de entrar nas lutas, nas festas, quando estava nas arquibancadas. A alegria era contagiante - finalizou. 

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Diversas personalidades do mundo da luta no Brasil estiveram presentes para homenagear Leandro Lo. Como mencionado, o brasileiro de 33 anos foi morto pelo tenente da Polícia Militar, Henrique Velozo, no Esporte Clube Sírio. O PM se entregou e já está preso.