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Melhor ano de todos? Vivian Mesquita vê ‘um ano incrível e cheio de desafios’

Os retornos de Mick Fanning e Owen Wright, além de um Gabriel Medina focado no bicampeonato são apenas algumas das atrações da temporada 2017 do WCT<br>

&nbsp;(foto:Divulgação)
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A temporada 2017 do Circuito Mundial de surfe inicia, oficialmente, nesta segunda-feira, em Gold Coast (AUS), e promete ser uma das mais disputadas da história do WCT. Além dos retornos dos australianos Mick Fanning e Owen Wright, somado a um Kelly Slater determinado a conquistar seu 12º título mundial, a temporada ainda conta com uma Tempestade Brasileira focada em retornar ao topo do mundo.

Para a blogueira e colunista de esportes radicais da ESPNW, Vivian Mesquita, '2017 vai ser um ano interessante de se ver no mar'. Após uma temporada que 'contrariou as expectativas', a jornalista vê os nove brasileiros presentes no Tour muito focados e preparados. 

- Acho que o time brasileiro começa a temporada 2017 com fôlego renovado e muito foco. São nove surfistas no Tour, um pelotão de pesos pesados, de fazer qualquer prancha temer.

Mesmo sem o título em 2016, Vivian vê aspectos positivos em alguns surfistas que podem somar neste ano.

- Jadson André fechou a temporada celebrando sua passagem para mais um ano no Tour, Miguel Pupo investiu na preparação física, trocou a dieta e já na etapa brasileira do mundial, vimos a mudança de "atitude" refletida em ótimos resultados. Yan Gouveia é a renovação no time para 2017 e como não falar da campanha crescente de Gabriel Medina que encerrou a temporada concorrendo direto ao título.

Medina, que ficou na terceira colocação no último circuito, parece determinado em trazer o título mundial novamente para o Brasil.

- Gabriel Medina, apesar da privação da orientação de Charles dentro do palanque até abril (mas eles estão juntos na Austrália todo tempo), avisa, sem hesitar, que o foco é o bicampeonato mundial, vaga olímpica, tríplice coroa, sua obstinação é a vitória nas ondas do mundial.

O padrasto e treinador do surfista de Maresias foi punido após discussão com os juízes em Peniche (POR)

Mesquita também comenta sobre dois outros brasileiros que podem conquistar os holofotes durante o Tour.

- Filipe Toledo está na fila, pronto pra ser campeão a qualquer momento. Ítalo Ferreira, em apenas dois anos, coleciona recordes e resultados impressionantes.

'acho que será um ano incrível e cheio de desafios, mas continuo apostando na gana e poder de fênix que fazem do surfista brasileiro um atleta singular'

A diretora de conteúdo dos projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes, entretanto, não acredita que apenas os brasileiros possam ser destacar. Nomes com Slater, Fanning, Wright e Durbidge prometem complicar a vida dos brazucas.

- Kelly Slater já anunciou que este ano,mesmo aos 45, vem para as cabeças, quer brigar pelo título e nada menos do que isso. Não vai ter papel de coadjuvante pra ele. Mick Fanning deixou as tragédias pessoais no passado para surfar 2017 pelo futuro. O australiano tem treinando muito e vai ser bem interessante vê-lo entrando em ação esta semana, em casa. Owen Wright e Bede Durbidge retornam ao Tour de acidentes graves. 

Apesar disso, Vivian segue apostando em um final feliz para o Brasil.

- Acho que será um ano incrível e cheio de desafios, mas continuo apostando na gana e poder de fênix que fazem do surfista brasileiro um atleta singular.

Os problemas políticos do Brasil atrapalharam o surfe?

Após três anos em ascensão, com dois títulos mundiais para brasileiros (Medina, em 2014 e Mineirinho, em 2015). A temporada 2016 começou com o desenho de que, mais uma vez, o camiseta amarela seria canarinho. Contudo, contrariando as expectativas, foi o havaiano John John Florence quem levantou o caneco. Segundo Vivian Mesquita, o momento político do país pode ter contribuído para este enredo.

- 2016 foi um ano de crise econômica e política, da Rio-2016 e, portanto, ano de "enxugar as contas". A fatia de orçamento para o surf também diminuiu e o impeachment da presidente somado às denúncias e escândalos de corrupção da Lava a Jato fecharam um ciclo de mar flat na autoestima brasileira. 

Ela explica que a a 'energia' do ano passado não trouxe altas ondas para o surfe nacional, mas acredita que sirva como lição para a temporada 2017.

- Não se faz campeões esportivos somente com o mérito individual. Um conjunto de pessoas, empresas, torcedores e "energia" precisam andar juntos e não vimos isso em 2016. Mas acho que foi um intenso ano para aprender, um ano de "capacitação" para 2017.

MEMÓRIA - Relembre a trajetória brasileira desde 2010

Quarteto Fantástico

Em 2010, o Brasil tinha quatro participante na elite do surfe mundial. O melhor resultado foi de Adriano de Souza, o Mineirinho, com a décima colocação. Os outros brazucas eram: Jadson André (13º), Neco Paradaz (37º) e Marco Polo (43º).

Dois brasileiros no top-10

Com sete representantes, o Brasil consegue, em 2011, colocar dois surfistas entre os dez melhores do mundo: Adriano de Souza (5º) E Alejo Muniz (10º). Mineirinho conquistou o Rio Pro e Peniche (POR). Gabriel Medina aparece na elite do surfe com o 12º lugar e o título da etapa francesa.

Já são oito

A temporada 2012 contou com oito brasileiros. Apesar de não conquistar nenhuma etapa, Adriano repete a colocação do ano anterior e Gabriel Medina chega entre os dez primeiros.

Temporada ingrata

O ano de 2013 não foi o mais feliz para os sete brasileiros presentes no Circuito Mundial. A melhor colocação foi, novamente, de Mineirinho (13º). Logo atrás, vieram Gabriel Medina (14º). Filipe Toledo (15º) e Miguel Pupo (19º).

No topo do mundo

A temporada 2014 ficará para sempre na história do surfe brasileiro. Gabriel Medina chega ao topo do mundo com três títulos de etapas (Gold Coast, Fiji e Tahiti) e o amargo vice-campeonato em Pipeline.

Dobradinha brasileira

Com 11 surfistas no circuito, o mundo viu a Tempestade Brasileira comprovar sua reputação ao ver o veterano Adriano de Souza levantar o título mundial. Além disso, a temporada colocou quatro brazucas entre os dez melhores do mundo: Mineirinho (1º), Gabriel Medina (3º), Filipe Toledo (4º) e Ítalo Ferreira (7º)

Ficou no quase

Para muitos, 2016 seria o ano do bicampeonato mundial de Medina. Com uma sequência de bons resultados no primeiro semestre, incluindo o título de Fiji. Porém o tropeço em Trestles, Peniche e Pipeline (todos com a 13º colocação) colocaram o jovem de Maresias na terceira colocação do ranking. O havaiano John John Florence ficou com o mundial.