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COB vê queda na arrecadação, e entidades terão menos verba em 2017

Comitê encerra ano olímpico com diminuição de 14 % na receita por meio das loterias, o que reduzirá o aporte às confederações esportivas. Critério de repasses sofre mudança

Diretor de gestão financeira do COB, José Maria de Santucci, apresenta orçamento de 2017 (Foto: Jonas Moura)<br>
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A crise econômica e a uma arrecadação 14% menor por meio das loterias federais farão o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reduzir o aporte financeiro para as confederações esportivas em 2017. Nesta terça-feira, a entidade divulgou a projeção de repassar cerca de R$ 85 milhões no ano que vem, o que representa uma queda em comparação com 2016, quando o valor foi R$ 98 milhões. 

O órgão trabalha hoje com uma estimativa para o próximo ano de R$ 210 milhões, o mesmo que será arrecadado agora. Dos recursos recebidos, o COB é obrigado por lei a investir 10% no esporte escolar (R$ 21 milhões estimados para 2017) e 5% no esporte universitário (R$ 10,5 milhões no ano que vem).

A Lei Agnelo/Piva destina 1,7% do prêmio pago aos apostadores das loterias federais do país ao COB.

– Estamos presenciando uma crise econômica, e houve uma redução grande de aporte das loterias. Mas o planejamento para os atletas é muito importante – disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, após a apresentação do plano orçamentário, no Rio de Janeiro.

O COB ainda anunciou mudanças nos critérios de repasse às confederações. Eles incluem não apenas o desempenho do Time Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio e outros campeonatos, mas também a correta prestação de contas das entidades.

– Trabalharemos em cima de critérios, alguns que o COB já adotava antes, e aproveitamos para melhorá-los, com base em números. Estamos fugindo da subjetividade. Demos pontuação aos esportes para termos uma estimativa matemática no ciclo passado e, assim, poder explicar porque destinamos aquele valor – explicou o diretor-executivo de Esportes do Comitê, Agberto Guimarães.

Outros R$ 41 mi serão aplicados pelo COB em projetos de preparação dos atletas visando aos Jogos de 2020, e R$ 53 milhões ficarão sob administração direta da entidade, para gastos administrativos e esportivos.

Judô e vôlei receberão mais

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) são as entidades que mais devem receber recursos da Lei Agnelo/Piva em 2017, de acordo com a projeção do COB. Elas, que já faturavam o valor do teto de repasses até 2016, foram as mais bem ranqueadas nos critérios estabelecidos para o ano que vem.

Cada uma terá à disposição R$ 4,26 milhões, pouco menos que os R$ 4,55 milhões previstos para 2016. Abaixo, aparecem a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), com R$ 3,76 milhões.

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) só poderá receber os R$ 2,26 milhões previstos se reverter a suspensão imposta pela Federação Internacional da modalidade (Fiba).

Os novos esportes do programa de Tóquio-2020 ainda não sabem quanto levarão. Confederações de beisebol/softbal, caratê, escalada, skate e surfe terão de esperar até janeiro.

OS CRITÉRIOS PARA REPASSES

1
Ser medalhista na última edição dos Jogos Olímpicos – Ouro (10 pontos), Prata (5 pontos) e Bronze (3 pontos)

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2
Ser medalhista nas três últimas edições dos Jogos – em três edições (10 pts); em duas edições (5 pontos)
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3
Ser Top 8 (finalista) nos três últimos Jogos – 5 pts
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4
Ter participado das três últimas edições dos Jogos – 1
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5
Ter medalhista em Mundiais, ou equivalentes, no último ciclo olímpico - Ouro (10 pontos), Prata (5 pontos) e Bronze (3 pontos)
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6
Ser Top 8 em Mundiais, ou equivalentes, no último ciclo olímpico – 1 ponto
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7
Ser medalhista de ouro no último Pan – 1 ponto
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8
Número de medalhas conquistadas/ número de medalhas possíveis – 1 a 10
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9
Índice do número de eventos nos Jogos Olímpicos – 1 a 3 pts
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10
Gestão Financeira (prestação de contas) – 1 a 10 pontos