O velocista brasileiro Petrúcio Ferreira é considerado o atleta paralímpico mais rápido do mundo. Durante a Expo Brasil Paralímpico, o paraibano refletiu sobre a importância de suas medalhas para o esporte paralímpico e sua visibilidade.
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Aos 28 anos, Petrúcio é dono de três medalhas de ouro: no Rio 2016, em Tóquio 2020 e em Paris 2024. Embora o velocista tenha quebrado o Recorde Paralímpico em Tóquio, o Recorde Mundial dos 100m T47 é ainda mais rápido e também pertence ao paraibano, com o tempo de 10,29 segundos, alcançado em 2019.
—Enquanto carreira, ainda é uma ficha que acaba não caindo. Ver a dimensão do que é o mundo e hoje o Petrúcio ter se tornado um dos paralímpicos mais rápidos do mundo, do movimento paralímpico, e um resultado mais rápido de todos os tempos na história do esporte paralímpico... Isso é muito gratificante, não só a minha evolução, mas a evolução do esporte paralímpico — comentou.
Para Petrucio, cada medalha tem sua história e sua dificuldade, ficando difícil escolher a favorita.
—Se você falar de uma, a outra pode ficar com ciúme, né? Mas eu acho que todos têm um saborzinho especial. A Rio 2016, por ter sido em casa foi muito importante, foi a minha primeira paralímpica, então ela tem um sabor especial. Tóquio também foi importante, a gente enfrentou toda a dificuldade de pandemia e tudo mais, e isso gerou um pouco mais de ansiedade, um pouco mais de dificuldade dos treinamentos — explicou.
—Porém, a mais especial para mim foi a Paris 2024, porque foi uma competição que eu enfrentei uma pressão psicológica pessoal, e também sofri uma lesão pouco antes da competição. Isso me gerou uma certa ansiedade, um certo nervosismo de pensar que estou na minha terceira Paralimpíada e poderia não conquistar aquela medalha. Essa acabou tendo um sabor mais especial devido a toda a cobrança que eu estava para aquela competição e o que aconteceu durante os bastidores — completou o velocista.
Objetivos futuros
O velocista afirma que o esporte continuará em sua vida tanto a curto quanto a longo prazo. Sua meta mais próxima é a preparação para Los Angeles 2028, buscando mais resultados e mais medalhas para o país. A longo prazo, Petrúcio pensa em estudar mais sobre educação física, para poder ajudar cada vez mais o esporte Paralímpico.
—É a formação de educação física para também quem sabe estar me formando um professor ou treinador no movimento paralímpico, ajudando de outra forma. Além do legado que eu quero deixar como atleta, a gente precisa deixar um legado também como ser humano, como trabalho social para agregar mais pessoas ao movimento — completou.