Nascido em Niterói (RJ) em 17 de junho de 1982, Alex Rodrigo Dias da Costa começou nas categorias de base do Juventus-SP e chegou ao Santos ainda muito jovem. Entre 2002 e 2004, firmou-se como um dos líderes da equipe que encantou o país, ao lado de Robinho, Diego, Elano, Renato, Léo e Fábio Costa. O Lance! te conta por onde anda Alex.
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Pela potência nas cobranças de falta e finalizações de longa distância, ganhou o apelido de "Canhão da Vila" — uma herança simbólica de outro ícone santista, Pepe. No período, foi bicampeão brasileiro (2002 e 2004) e virou presença frequente nas convocações da Seleção.
PSV Eindhoven: vitrine europeia e sequência vencedora
Negociado com o Chelsea em 2004, Alex foi emprestado ao PSV por questões de visto no Reino Unido. Em Eindhoven (2004–2007), tornou-se pilar defensivo e manteve a vocação artilheira: bola parada forte, jogo aéreo dominante e regularidade. Colecionou três títulos da Eredivisie (2004–05, 2005–06, 2006–07) e a Copa dos Países Baixos (2004–05), além de campanhas sólidas em competições europeias. A passagem pela Holanda consolidou sua fama de zagueiro decisivo.
Chelsea: grande palco, grandes jogos
Com o visto enfim regularizado, Alex estreou pelo Chelsea em 2007. Sob José Mourinho, integrou um trio de respeito com John Terry e Ricardo Carvalho. Entre 2007 e 2012, somou 134 partidas e 10 gols, empilhando taças: Premier League (2009–10), FA Cup (2008–09, 2009–10) e Community Shield (2009).
Lesões em momentos-chave e a chegada de novos zagueiros reduziram espaço perto do fim do ciclo, mas o brasileiro deixou Stamford Bridge com status de profissional confiável e peças importantes em jogos grandes — não raro decididos na bola parada.
PSG: liderança, gols e títulos na França
Em janeiro de 2012, Alex foi contratado pelo Paris Saint-Germain e reencontrou Carlo Ancelotti. Rapidamente formou dupla sólida com Thiago Silva e voltou a marcar gols decisivos (inclusive em Supercopa). Pelo PSG, levantou duas Ligue 1 (2012–13, 2013–14), a Copa da Liga (2013–14) e a Supercopa da França (2013), deixando a capital francesa como um dos estrangeiros mais regulares da defesa no início da era de investimentos do clube.
Milan: reta final com selo de competitividade
Em 2014, fechou com o Milan. Mesmo em fase de reconstrução rossonera, Alex entregou experiência, leitura de jogo e presença no vestiário. Encerrou a passagem em 2016, concluindo uma carreira internacional marcada por títulos em três grandes centros: Holanda, Inglaterra e França.
Seleção Brasileira: campeão da Copa América
Pela Seleção, Alex viveu o ápice em 2007, quando foi titular na campanha do título da Copa América na Venezuela, formando dupla segura com Juan na final vencida por 3–0 contra a Argentina. Antes, esteve com a Sub-23 na Copa Ouro de 2003 (torneio reconhecido pela FIFA como internacional) e voltou a ser chamado após 2006; cortes por lesão impediram convocações para mundiais.
Por onde anda Alex?
Após pendurar as chuteiras, o "Canhão da Vila" adotou um perfil discreto e familiar, dividido entre compromissos pessoais e projetos ligados ao futebol (mentoria pontual a atletas, participações em eventos e ações com clubes pelos quais passou). Sem rotina pública fixa como técnico, mantém laços com o ambiente do esporte e com iniciativas no Brasil e na Europa, preservando a mesma serenidade que marcou sua carreira.
Clubes em que Alex jogou
- Juventus-SP (base)
- Santos – 2002 a 2004
- Chelsea – 2004 a 2012 (contrato; emprestado ao PSV entre 2004 e 2007)
- PSV Eindhoven – 2004 a 2007 (empréstimo)
- Paris Saint-Germain – 2012 a 2014
- Milan – 2014 a 2016
Títulos de Alex na carreira
Santos
- Campeonato Brasileiro: 2002, 2004
PSV Eindhoven
- Eredivisie: 2004–05, 2005–06, 2006–07
- Copa dos Países Baixos: 2004–05
Chelsea
- Premier League: 2009–10
- FA Cup: 2008–09, 2009–10
- Supercopa da Inglaterra: 2009
Paris Saint-Germain
- Ligue 1: 2012–13, 2013–14
- Copa da Liga Francesa: 2013–14
- Supercopa da França: 2013
Seleção Brasileira
- Copa América: 2007
Prêmios individuais
- Bola de Prata (Placar): 2002, 2003
Um zagueiro decisivo, de gol e de título
Com 1,88 m, impulsão, força e um dos chutes mais potentes do seu tempo, Alex somou taças e gols em jogos grandes — raridade para um zagueiro. No Santos, virou símbolo de uma geração vencedora; na Europa, confirmou status de defensor de elite. Hoje, recolhe os frutos de uma carreira que uniu técnica, liderança e constância — o legado do eterno "Canhão da Vila".