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Período de adesão ao Profut chega à reta final; Agência em discussão

Apfut tem que ser oficializada logo após o prazo final para entrada dos clubes no projeto

Ministro George Hilton até participou de reunião com jornalistas esportivos sobre o tema (Foto: Paulino Menezes/ME)
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Faltando 15 dias para o fim do prazo para adesão dos clubes de futebol ao Profut, a percepção do governo é que a movimentação dos times tem sido relativamente baixa para entrar de cabeça no programa de refinanciamento das dívidas com a União, mediante contrapartidas.

Para o Ministério do Esporte, os dirigentes demoraram para se dar conta da diferença que o projeto pode trazer para a gestão dos clubes, especialmente pelo volume de descontos nas dívidas que a adesão pode gerar. O Flamengo, por exemplo, irá economizar cerca de R$ 90 milhões. No caso do Inter, o desconto é de R$ 64 milhões, cerca de um terço da dívida total (R$ 172 milhões).

O problema, na visão do Planalto, não é nem a postura dos grandes clubes – apesar de alguns, como o Sport, terem decidido ficar fora do bolo. Mas sim os de menor investimento, que não têm a estrutura jurídica adequada para compreender e executar o protocolo de adesão.

Algumas federações estaduais estão tomando iniciativa própria para ajudar os filiados a compreender melhor a necessidade de adesão. Em São Paulo, por exemplo, advogados foram contratados para prestar consultoria. Em outros estados, o próprio secretário nacional do futebol, Rogerio Hamam, tem sido o emissário para tirar dúvidas. Hamam, nas próximas duas semanas finais de vigência do prazo para adesão, tem agenda em Salvador, quarta, e Rio de Janeiro, dia 24.

Em Brasília, semana passada, dirigentes e parlamentares levantaram a bola em prol do adiamento do prazo. No entanto, isso só seria possível mediante publicação de uma nova Medida Provisória. Internamente, o governo não é simpático à ideia por entender que já deu tempo suficiente para os clubes se inteirarem da proposta.

Apfut em fase de discussão

O estabelecimento da Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut) é o que precisa ser feito por parte do governo para que o Profut fique completo. O órgão, segundo o que determina a lei, será responsável por fiscalizar as obrigações de quem aderir e, em caso de descumprimento, comunicar ao órgão federal responsável para fins de exclusão do Profut.

A Apfut contará com a participação de representantes do governo e da sociedade civil, garantida a participação paritária de atletas, dirigentes, treinadores e árbitros, na forma do regulamento. E é nesse ponto que as conversas estão em Brasília. O que está sendo desenhado é a definição de quantas entidades terão voz na Agência e qual o peso de cada uma.

As respectivas entidades terão o direito a indicar os membros, cujo currículo serão avaliados por um conselho antes de serem oficializados. O governo pretende concluir a formação da Apfut nas próximas duas semanas para publicar o decreto no Diário Oficial logo assim que o prazo para adesão expirar.

BOM SENSO MANTÉM ACOMPANHAMENTO

Movimento que acompanhou de perto a articulação e discussão sobre o Profut, o Bom Senso enxerga que, apesar de muitos dos objetivos do grupo de jogadores terem ficado pelo caminho nos cerca de dois anos de discussão, o projeto servirá para virar uma página na gestão do futebol nacional.

- A principal questão é profissionalização da gestão. No fim do dia, a maior diferença para o jogador é na questão do pagamento do salário. Isso vale para qualquer outro profissional dentro do clube. A diretoria sendo profissional, acaba gerando uma gestão empresarial - afirmou Enrico Ambrogini, um dos diretores executivos do BSFC.

O grupo não abandonou a discussão e segue acompanhando o desenrolar dos fatos, sobretudo acerca da Apfut.

- Fazemos um acompanhamento porque faltou uma peça de regulamentação à Apfut, que é o órgão fiscalizador. Estamos discutindo, cada um está trazendo as ideias. A ideia é que a Apfut não tenha "poder", sirva só como órgão de representação, que faça a fiscalização. A punição do Profut é a exclusão do parcelamento. É técnica. O problema é como ter certeza que os clubes vão ser fiscalizados da melhor maneira. É preciso ter uma composição paritária no board. Se for cargo político, é ruim. Se for técnico, periga não ter representação de todos. Tem que equilibrar isso - comentou Enrico.