Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Opinião: ‘Eis um ‘Timão’ que apequenou-se e pratica o antifutebol’

Caso continue se ‘recusando’ a jogar bola, o Corinthians de Fábio Carille irá passar muito sufoco no Campeonato Brasileiro deste ano, como aconteceu em 2018

Carille está na final do Paulistão, mas com o time jogando feio. Enquanto isso, Abel ainda não deu padrão ao Fla, embora tenha goleado o fraco San José, da Bolívia, e Pará treina muitos 'laterais'. Já Levir Culpi saiu atordoado do Atlético-MG (Divulgação)
Escrito por

Importante é ganhar o jogo. Certo? O importante é conquistar o título? Certo? É, está certo. Mesmo jogando feio? Sim, mesmo jogando feio. Mas para quem já vivenciou tempo áureos do futebol brasileiro, como as décadas de 80 e 90, além da de 2000, não pode aplaudir isso. E eu - que tenho 44 anos de idade e 24 como profissional - não vou, pessoal! Muito menos concordar com torcedores apaixonados, embora entenda o lado deles, que querem ver o seu time levantando a taça. Pois bem. O Corinthians está na final do Campeonato Paulista e acompanhei a semana toda as manifestações, justamente que “o importante é ser campeão”.

O problema todo é que o Corinthians, desde o ano passado, abdicou de jogar futebol. Querendo ou não o time apequenou-se, encolheu-se e não jogou contra o Santos, na partida de volta da semifinal do Paulistão, como gigante que é. O Peixe massacrou e o Timão não viu a cor da bola, atuou com o regulamento debaixo do braço e praticamente não ameaçou a meta do seu adversário. Literalmente, para ser redundante mesmo, se recusou a jogar. Foi para a “loteria” dos pênaltis e teve que contar mais uma vez com as defesas do goleiro Cássio.

Aliás, quando o goleiro de um time é o melhor de qualquer confronto que seja, algo está errado, ainda mais quando esta equipe não cria nenhuma jogada de perigo e fica apenas na defesa. Foi o caso de Santos 1 x 0 Corinthians. Se ao menos tivesse jogado de igual para igual ou tentando jogar assim, eu estaria aplaudindo. Mas, como disse acima, quem viu (e não é viver de passado) grandes jogos, decisões inesquecíveis, não pode saudar esse antifutebol. Só um exemplo: estes mesmo torcedores e até técnicos (?) ficam de boca aberta quando veem Messi, Cristiano Ronaldo, entre outras feras, jogando o fino.

O Timão pode até ser campeão paulista, porém com esta filosofia não vai longe no Campeonato Brasileiro. Não vai mesmo. O que pode conseguir, no máximo, é chegar na final da Copa do Brasil. Pois foi assim, jogando feio, abdicando do bom futebol, que o Corinthians do então treinador Jair Ventura passou pelo Flamengo e sonhou com o título. Mas, graças aos deuses da bola, o Cruzeiro soube sair desta armadilha e foi, merecidamente, campeão.

Na mesma competição, apesar de dois 0 a 0, Palmeiras e São Paulo buscaram o jogo, criaram chances. Não foi uma disputa glamourosa, de encher os olhos, porém o futebol não foi esquecido, como tem feito o Corinthians. No Choque-Rei a decisão ficou para as penalidades. Passou quem foi melhor na tal “loteria”. Bom, que Fábio Carille consiga (ou tente ao menos) que o seu time seja, no mínimo, fiel às tradições e proporcione, junto com o São Paulo, uma final inesquecível. Desta vez não pode reclamar do calendário. Teve a semana inteira para fazer os últimos ajustes, se é que tem. Se for para “não” jogar, melhor nem entrar em campo. Enfim...

+ TOQUES NA COLUNA


Levir Culpi e as trapalhadas:
Não resistiu à goleada sofrida para o Cerro Porteño. Pudera. O Atlético-MG queria tanto a Libertadores, que, agora, só milagre. Com apenas três pontos, precisa ganhar seus dois próximos jogos e ainda torcer por uma combinação de resultados para chegar às oitavas de final. Pior: atordoado, o ex-técnico chamou o Cerro Porteño duas vezes de Peñarol e, se referindo à final, contra o Cruzeiro, disse: “pelo Campeonato Mineiro”. É crítico! É hora de renovação! Isso serve para qualquer área, até mesmo no jornalismo. Não basta só apontar erros, tuitar e ditar regras, é preciso produzir, elaborar...

Abel e os laterais do Pará:
E o Abel Braga, hein?! Suando frio para encontrar um padrão de jogo no recheado (e milionário) elenco do Flamengo. Chegou a final do Campeonato Carioca aos trancos e barrancos e “briga” para não deixar a torcida novamente no “cheirinho” na Libertadores. Ah, goleou o San José nesta quinta-feira. Os 6 a 1 não passou de obrigação, pois o time boliviano é muito fraco e atuou com menos um jogador desde os quatro minutos do primeiro tempo.   

No Fla-Flu do sábado passado, o treinador (?) disse que o seu time criou muitas chances e lembrou os laterais do Pará para a área adversária. Foram sete nos primeiro 29 minutos da partida. É, pessoal, ele considerou jogadas de gol. Não é possível que faça apenas isso nos treinos fechados. Apesar de favorito, pelo visto, vai passar sufoco contra o limitado Vasco na decisão do Estadual e o primeiro jogo é neste domingo. Haja coração!