Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Lugano critica Democracia Corinthiana; Casagrande responde

Para ex-jogador do São Paulo, a iniciativa foi romantizada e é necessário ouvir os dois lados da moeda; Casagrande rebate e chama Lugano de despreparado

Lugano, ex-jogador do São Paulo, e Casagrande, ex-Corinthians (Foto: Eduardo Carmim/Divulgação/Arte LANCE!)
Escrito por

Diego Lugano, ex-zagueiro e hoje superintendente de relações institucionais do São Paulo, disse ser fã de Sócrates, ex-jogador do Corinthians, e ter conhecimento sobre a Democracia Corinthiana. No entanto, as informações fornecidas por ele na última sexta-feira não agradaram ao comentarista Walter Casagrande, da TV Globo, um dos embaixadores da iniciativa na década de 80.

Em entrevista ao site argentino Infobae, o uruguaio disse que a Democracia Corinthiana foi “romantizada” e que, por ter ouvido “os dois lados da moeda”, tem uma opinião formada. Para quem não sabe, a iniciativa foi um movimentado iniciado nos anos 80 no Corinthians por um grupo de jogadores, entre eles Sócrates e Casagrande, com a finalidade de os atletas participarem das decisões do clube, lembrando que, naquele momento, o Brasil vivia uma ditadura militar.

- O Corinthians é meu maior rival aqui (no Brasil). Sócrates era um fenômeno, uma besta como jogador. Foi um momento muito particular da sociedade brasileira. A história também tem suas particularidades, a moeda tem sempre os dois lados. Ele tinha uma forma de se expressar, um carisma e uma preocupação social notável – iniciou Lugano ao site.

- Eu também escutei Emerson Leão, uma personalidade forte, que era parte da Democracia. Disse que era muito linda a Democracia Corinthiana, mas que não o deixavam treinar. É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária – completou.

Esse seria o outro lado da moeda que ele explicou inicialmente. Naquela época, Emerson Leão era goleiro do Corinthians e um grande crítico do movimento. Apesar de ter dito que estudou muito a Democracia Corinthiana, porém, as informações passadas na entrevista não agradaram um de seus maiores expoentes, Walter Casagrande.

Democracia Corinthiana ficou marcada pelo bicampeonato paulista (1982/1983), com Sócrates, Casagrande, Zenon & Cia (crédito: O Globo)

- É muito estranho ouvir uma pessoa falar sobre a Democracia Corintiana sem ter propriedade alguma e sem conhecimento algum sobre o movimento. Esse é um dos problemas das pessoas oportunistas, antes de falar de alguém ou de alguma coisa, deveriam se informar melhor – disse o comentarista ao site do Globoesporte.com.

- Bom, no caso do Leão, com quem tenho ótimo relacionamento, posso dizer que ele não acha que o movimento era democrático e se manifestava e manifesta até hoje nesse sentido. Agora eu só quero esclarecer que as pessoas devem ouvir só quem tem conhecimento sobre os assuntos, e não uma pessoa completamente despreparada e sem propriedade alguma para falar sobre a Democracia Corintiana – finalizou.