Escrito por Lance!
Dez anos depois de estrear pelo Santos e tornar-se um profissional, não é tarefa simples fazer um balanço da carreira de Neymar. Os números mostram não apenas uma carreira vitoriosa, como também ratificam o status de craque. Já são 369 gols, título da Liga dos Campeões e quarto maior artilheiro da história da Seleção Brasileira, entre outros feitos. Mas há algumas ressalvas, tanto dentro quanto fora de campo.
Neymar pegou um vácuo com o fim das trajetórias dos Ronaldos, Kaká e Rivaldo, se tornou o protagonista único da Seleção atual e, de certa forma, do futebol brasileiro como um todo. Decidiu, então, assumir sue perfil de celebridade assim que assinou contrato com o Barcelona. Brilhou ao lado de Messi e Suárez, mas não foi suficiente. E aí cometeu o maior erro de sua carreira: a ida para o PSG para ser a estrela maior de um grupo badalado, mas que falha constantemente em atuar como time livre de vaidades.
A comitiva armada para rebater qualquer crítica e a vitimização diante das adversidades tornaram, muita vezes, o personagem Neymar em um tema de discussão insuportável. Aos 27 anos, não há quem consiga concluir se para Neymar a fama é mais importante que o futebol. Ainda há tempo de construir muito mais, mesmo que a obsessão pela Bola de Ouro pareça distante. Mas é preciso ir além das estatísticas e patrocinadores. A impressão é que Neymar, em algum momento, desgarrou de todo o potencial que se enxergava nele há uma década. É craque, certamente, mas definitivamente não o maior desde que Pelé resolveu parar.
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