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Em carta, clubes que não assinaram criação da liga questionam regras de distribuição de receitas

No texto, 14 clubes da Série A alegam ainda não terem aderido à proposta, mas prometem diálogo para 'maior equanimidade' nos ganhos

Reunião na CBF deverá tentar aparar as diferenças para concretização da liga (FOTO: Divulgação)
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O estatuto para a criação da Libra (Liga de Futebol Brasileiro) foi assinado por oito clubes - seis da Série A e dois da Série B. Neste primeiro momento, 14 equipes da primeira divisão não fecharam questão. Na noite desta terça, o grupo publicou carta para explicar as razões disso. 

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No texto, os clubes ressaltam a importância de criar a liga, mas consideram insuficiente a redução na diferença de receitas na proposta inicial - liderada pela empresa Codajas com o banco BTG Pontual. Segundo o documento, a diminuição na disparidade apresentada está "aquém do ideal, o que pode ser facilmente atingido por meio do diálogo".

Os oito clubes que assinaram o estatuto da liga são: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Flamengo (Série A), Cruzeiro e Ponte Preta (Série B).

Confira abaixo a íntegra da carta: 

"Os clubes signatários receberam, na última sexta-feira, a convocação para a reunião realizada nesta terça-feira (03/05/2022) em São Paulo, com o objetivo de discutir os termos da criação da Liga de futebol profissional brasileira.

Os clubes prontamente se dispuseram a comparecer ao encontro, a despeito da convocação emergencial, demonstrando, com isso, que estão absolutamente cientes e engajados na formalização da entidade, com ampla adesão das Séries A e B.

Entre as muitas razões para a formação da liga está a premente necessidade de se elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, resgatando seu protagonismo no cenário mundial. O caminho para alcançar este objetivo é, sim, a construção de um campeonato forte, com clubes revitalizados e um padrão de equanimidade nas condições de disputa.

A ideia da liga tem o mérito de prever maiores receitas para os clubes, que poderiam conviver em um ambiente mais equilibrado financeiramente. Porém, as condições apresentadas para a incorporação das agremiações à Liga ainda não permitem exatamente o cumprimento do objetivo principal, que é a busca de uma equanimidade entre os clubes.

O documento apresentado e por ora assinado apenas por alguns Clubes apresenta regras de distribuição de receitas que pouco reduzem a atual disparidade de divisão de receitas. Há sim ali uma redução da diferença, mas ainda aquém do ideal, o que pode ser facilmente atingido por meio do diálogo.

Entre as várias questões a serem discutidas, os aspectos principais são o percentual previamente definido para a distribuição de receita igualitária, o limite a ser estabelecido como diferença de receita entre o primeiro e o último clube da competição. Há, ainda, outros pontos a serem debatidos, sobretudo no que tange ao critério de engajamento, mas que podem ser objeto de aprofundamento após o efetivo ingresso dos Clubes signatários na Liga.

Os clubes signatários desta carta se dispõem a assinar a formação da Liga tão logo seja possível uma análise aprofundada sobre os critérios mencionados, além de outros, de menor impacto e que podem ser analisados no momento oportuno, mas igualmente importantes, razão pela qual confiam que, até a próxima reunião, com possíveis avanços no entendimento de solucionar tais pontos será possível chegarmos a uma adesão de Clubes em maior número e com isso a formalização da Liga com muita força e unidade.

América-MG, Atlético-MG, Athletico-PR, Atletico-GO, Avai, Botafogo, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude".