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Nova série da TNT conta a saga do superastro do futebol que cansou do sonho europeu

A ficção usa como pano de fundo o futebol para falar sobre temas complexos como a solidão, saúde mental e o machismo no esporte; 'Galera FC' estreia nesta segunda-feira

Relação entre jogador e imprensa é amplamente abordada na série (Foto: Divulgação/TNT)
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Superestrela do futebol mundial, Elton Jr. decide deixar os campos e pendurar as chuteiras no auge do sucesso, mas isso não vai ser tão fácil como ele imagina, já que sua mãe, seu agente e seus parças vão tentar impedi-lo . Essa é a premissa da série 'Galera FC', que usa o futebol como pano de fundo para abordar temas complexos como a solidão, saúde mental e o machismo no esporte. A série estreia no canal TNT nesta segunda, às 21h30. 

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Elton Jr tem tudo que um dia sonhou e parece não se dar conta que vive uma vida escolhida por outras pessoas, como sua mãe, Idalice, e seu agente, Julio Lobo. Além disse, ele vive cercado dos parças Pança e Truco, que vivem uma boa vida com ele na Europa, até que tudo muda já no primeiro episódio. Elton decide romper com o clube inglês e voltar para o Brasil, enquanto tenta ser convencido a mudar de ideia. 

Nessa transição, ele conhece a repórter Carolina, que não tem paciência para jogador mimado, mas aceita descobrir o que se passa por trás do retorno de Elton Jr. ao Brasil sonhando com oportunidades melhores no futuro. Com exclusividade ao LANCE!, a atriz Carol Garcia falou sobre o tema 

"A gente, como espectador, não enxerga os jogadores reais. Isso é muito lindo na série"

Carol Garcia, atriz

- A Carolina, logo no início da série, você já percebe que ela tem um certo mau humor com um mundo do futebol. Ela tem até alguns embates com a chefe. Ela fala logo no início: "Não tenho paciência para jogador mimado". O que é uma verdade, né? Honestamente. Quando ela começa a se aproximar do Elton, e da história dele, tem um olhar sutil dela que humaniza ele - diz ela, que explica:

- A princípio, ela não consegue entender as atitudes daquele jogador. Inclusive, porque tem um olhar distanciado. O Elton é uma celebridade, está voltando para o Brasil, super milionário. Quando ela vai se aproximando por conta do trabalho, ela o tira desse pedestal. Acho o personagem do Elton extremamente humano, com muitas camadas. A gente, como espectador, não enxerga os jogadores reais. Isso é muito lindo na série: o olhar dela para ele e como ele se mostra um menino, que fez um sucesso astronômico, ganhou muito dinheiro, sustenta não só uma família, e que tem muita satisfação em tudo.

Convidada para o bate-papo, a jornalista e apresentadora da TNT Sports, Thaynah Espinoza, que participa das transmissões da Champions League, destacou que esse tipo de proximidade visto na série costuma ser visto entre jogadores e profissionais da imprensa.

A aventura de Elton Jr. é resultado da solidão do jogador imigrante que deixa o Brasil em busca de realização profissional e do dinheiro europeu, e acaba lidando com questões fora de campo que derrubam sua autoestima. O exemplo mais famoso e midiático foi o de Adriano Imperador, que deixou a Inter de Milão pois se sentia sozinho e explorado por pessoas que queriam usufruir de seu dinheiro e fama. O Imperador chegou a admitir que treinava bêbado no clube italiano em entrevista.

Apesar dessa proximidade entre as histórias, Carol Garcia destaca que a série não se baseou em uma figura especifica para a criação de Elton Jr., e que o trabalho fez parte de uma curadoria entre fragmentos de personagens vistos na vida real. A atriz cita Neymar como uma referência de atleta que acompanhamos a vida familiar de forma intima. 

- O Luizão, um dos criadores e diretores da série, explicou que o mote era a vida de um grande ídolo que se cansou disso. O que eles pensaram? No Brasil, quem são os grandes ídolos? Os jogadores de futebol. Todos sabem da vida, do dinheiro... A gente acompanha e conhece a família. Eu sei a cara da mãe do Neymar, do pai do Neymar, da irmã. A série não é inspirada em ninguém em específico. São várias inspirações, cacos de várias vidas - disse ela.

Machismo no esporte e na mídia:
Outro tema muito sensível abordado na conversa com a atriz Carol Garcia e a jornalista Thaynah Espinoza é a relação do machismo enraizado e o preconceito com a mulher em uma função antes dominada por homens, como a de jornalista esportivo.

Masculinização da mulher e o machismo enraizado

Thayná Espinoza lembrou o inicio de carreira como repórter de campo, onde tinha que se 'disfarçar' com roupa longa e boné para passar despercebida enquanto trabalhava. Ela destacou também o processo de masculinização que as repórteres passam dentro do meio do futebol. Carol Garcia também comentou o tema:

- Fiz duas etapas de aprendizado para o papel. A primeira assisti muitas mulheres, o que foi assustador. Eu procurava na internet sobre jornalistas e as principais matérias eram sobre assédio. Só você pesquisar sobre "mulheres no esporte". Foi um choque de realidade - disse ela. Confira abaixo a resposta completa: