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“A intolerância é que está acabando com tudo”, desabafa Galvão Bueno

Narrador falou no ‘Bem Amigos’ sobre os casos de violência que aconteceram no fim de semana, sobre a intolerância e até mesmo de problemas que atingem todo o Brasil<br>

Galvão Bueno (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Os casos de violência que afetaram o futebol no último fim de semana foram motivos de desabafo do narrador e apresentador Galvão Bueno. Indignado, o narrador falou durante o programa ‘Bem Amigos’ sobre as ameaças que o comentarista Juninho Pernambucano recebeu pelas redes sociais. Falou sobre a confusão do Ba-Vi e frisou que a intolerância está grande não só no futebol.

— A intolerância é que está acabando com tudo, não é só o futebol. É um comentarista fazer um comentário e receber ameaça de morte, é o jogador dançar aqui e ser agredido, é intolerância. Eu também acho que nesse mundo de hoje [é bom evitar], mas a questão é essa intolerância. — comentou Galvão — O Vinicius não tem que… ‘Ah, é a dança que ele sempre faz, é o créu, faz nas redes sociais’. Faz na sua torcida, não vai fazer na torcida dos outros, porque desencadeia tudo isso. Mas não devia era desencadear, Caio. — completou.

Durante o programa o apresentador aproveitou para falar sobre exemplos que são passados para a sociedade:

— São os maus exemplos que vêm de cima, essa imundice que é jogada na nossa cara todos os dias.Nós temos que parar de ser bonzinhos, porque é uma imundice jogada em cima da gente que vem das mais altas esferas do país, na parte política, empresarial, naquele que suborna, naquele que é subornado, naquele que faz a intermediação. E aí vai para a violência. O Rio vive, sim, um momento de… — comentou o narrador — O Brasil tem cinco títulos mundiais, que é bom dizer que é pentacampeão mundial, não é? O Brasil é bicampeão mundial de basquete, não é bacana? E quantas medalhas olímpicas, e quantos campeões? O Brasil é o país de maior consumo de crack no mundo. O Brasil é o país por onde passa a maior quantidade de droga do mundo. E o Brasil se não me engano é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo. Isso é título para ter? O que isso tem a ver com esporte? Tá tudo dentro do mesmo pacote, tá tudo dentro da mesma panela, com a mesma pressão existindo por ali. — completou

Galvão bateu na tecla da intolerância mais uma vez, mas acredita que cada um fazendo a sua parte as coisas podem melhorar:

— Não é possível que as pessoas sejam tão intolerantes? Não é possível que não se possa ter uma opinião, que não se possa festejar um gol. Não é possível ser possível o que está acontecendo. Vamos esperar, pensar de forma positiva é bom, mas é preciso que aqueles tenham algum poder realmente de tocar a opinião pública façam a sua parte. Ajuda, cada um fazendo a sua parte e deixando claro que não pode é continuar do jeito que está. Não estou aqui discutindo decisões políticas ou administrativas, porque não me cabe isso e não seria nem ético, a minha função é emitir, sim, opiniões e conceitos de valores na parte esportiva. Para isso eu estou aqui, mas estamos vivendo um momento muito difícil — finalizou