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Comentarista da final da Libertadores, Mauro Beting aponta favoritismo: ‘60% a 40%’

Jornalista estará na transmissão da partida, pelo SBT, ao lado do narrador Téo José

Mauro Beting projetou final da Libertadores, entre Flamengo e Athletico Paranaense (Rogério Pallatta/SBT)
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Flamengo e Athletico Paranaense se enfrentam no sábado pela decisão da Libertadores de 2022. Quem participará da cobertura pelo SBT, direto de Guayaquil, é o comentarista Mauro Beting. Em contato com o LANCE!, o jornalista projetou a decisão e falou sobre favoritismo no confronto.

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- O Flamengo chega como favorito, assim como entendia também que chegava contra o Palmeiras no ano passado, mesmo, na época, sendo o atual campeão e que viraria bi, no caso tricampeão com o título de 1999. Do outro lado, claro, você tem um Felipão mega vencedor em um Furacão que não era favorito, mas foi crescendo - disse Mauro.

- O Athletico venceu o Estudiantes na única derrota deles em La Plata na história da Libertadores em mata-mata, passou pelo então bicampeão, Palmeiras, em pleno Allianz Parque, e pode segurar o Flamengo. No entanto, entendo até que os empates do Flamengo com o Corinthians na Copa do Brasil foram pedagógicos para a equipe do Dorival, que tem mais time, elenco e vem jogando mais no momento. Para mim, é algo em torno de 60% a 40% a favor do Flamengo - completou.

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O Flamengo vem de quatro vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, além do título da Copa do Brasil sobre o Corinthians. O Athletico Paranaense, no entanto, vem de uma sequência ruim no Brasileirão. Mauro Beting falou sobre a possível estratégia de Felipão para o jogo e elogiou o treinador.

- Se tem alguém que merece ser mais do que respeitado e admirado, sobretudo em Libertadores, é o Felipão. Ele tem a chance de encerrar a sua carreira brilhante em nível mundial e sul-americano com chave de ouro, caso consiga segurar esse mega time do Flamengo. Se não conseguir, também, palmas do mesmo jeito - elogiou Mauro.

- Ele chegou no meio da temporada, conseguiu reconfigurar essa equipe e está em outra final. Esperamos um Athletico reativo, que espete as bolas e procure seus jogadores de qualidade, como o Vitor Roque, mas pega um time que é superior. Devemos esperar um Flamengo com mais posse de bola e atacando mais, mas atento, sobretudo, aos contragolpes do Furacão - encerrou.


Confira outros trechos da entrevista:

O desempenho do Flamengo na final da Copa do Brasil é motivo de preocupação para o torcedor do Rubro-Negro carioca?
Seria preocupante se o próprio time não soubesse desse momento. Acho que serve como alerta para dizer que não tem nada ganho. A própria e dolorosa derrota no ano passado, em Montevidéu, faz com que esse time chegue ainda mais antenado. Além disso, para mim, o trabalho do Dorival Júnior é melhor em relação ao do Renato. Tem muita gente ótima e mordida pela derrota do ano passado. Podendo lembrar aquele time sensacional de 2019, que, para mim, é o melhor que vi na América do Sul no segundo semestre daquele ano, com o Jorge Jesus. Esse Flamengo não está naquele nível, mas me parece em um nível suficiente para ser novamente campeão.

Um possível título do Athletico Paranaense muda o patamar do clube no Brasil?
Sendo ou não campeão na sua segunda final de Libertadores, o Athletico-PR já mudou de patamar há alguns anos. Para mim, hoje, já é um G-13 dos grandes clubes brasileiros. Aliás, muito mérito desse grupo aí que desde a segunda metade dos anos 90 fez a Arena da Baixada, a reformou para a Copa de 2014, fez o espetacular CT do Caju. Toda essa estrutura, nível de investimento e ousadia levou o clube a mais uma final e com a possibilidade de ser campeão do mundo antes do seu centenário, em 2024. Agora, chegar a mais uma decisão da Libertadores, com possibilidade de ganhar, como já conquistou duas vezes a Sul-Americana, a Copa do Brasil, o Brasileiro lá em 2001... Isso mostra que o Athletico chegou para ficar. Se ganhar sábado, será mais um patamar galgado, mas, se perder, mesmo assim, já está em outro patamar.

O clima vivido em Guayaquil pode atrapalhar a final?
Já estive três vezes lá, embora faça 21 anos que não vou. Espero que na questão climática, o vulcão não atrapalhe e que dentro de campo tenhamos paz e um grande duelo. Para mim, essa final merecia mais público, em uma cidade com menos dificuldades financeiras e com uma logística melhor para se chegar. A América do Sul não é igual a Europa. Infelizmente, também não vimos clima de final em Copas Sul-Americanas com final única. Discordo muito de final única, mas é o que temos e teremos nos próximos anos. Então, esperamos um grande jogo, que é o que teremos dentro de campo, mesmo imaginando que o clima e o astral não serão tão bons. Aí eu torço, outra vez, já que está confirmado esse método de disputa para os próximos anos, para que a Conmebol possa pensar em dois possíveis locais para final da Libertadores e Sul-Americana mais práticos e com melhor logística. Seria melhor para todos.

Qual balanço do trabalho do SBT como detentor dos direitos de transmissão da Libertadores?
Antes de tudo, acho que é legal fazer um balanço desse período maravilhoso que foi o SBT transmitindo a Libertadores. Trabalhar no SBT é um sonho e estreei aqui exatamente quando o torneio passou a ser exibido na emissora, em setembro de 2020, com o jogo Palmeiras x Bolivar, em La Paz. Isso ainda durante a pandemia, o que tornou o desafio ainda maior. Mas, estar em três grandes finais, é um privilégio. O SBT também teve muita sorte de pegar decisões brasileiras e fazer jogos incríveis, sempre com o DNA do canal nesses 41 anos, fazendo tudo da melhor forma possível e abraçando e abrangendo o máximo do Brasil. Claro que, como qualquer TV aberta, optando pelos jogos de maior torcida para atingir mais pessoas e com uma linguagem plural, inclusiva, além de muita paixão, humor e sobretudo um tesão muito grande. Também fazemos a Champions, outro privilégio, com uma equipe completa e nota 10. Me sinto absolutamente em casa no SBT e, nesses anos, mantivemos o alto padrão da Libertadores.

Projeção da Copa Sul-Americana no SBT a partir do ano que vem
Podem ter certeza de que a Copa Sul-Americana vamos transmitir com o mesmo pique, atenção, carinho e sobretudo consideração, o padrão SBT. Respondendo por mim, estou há 32 anos como jornalista esportivo porque sempre encarei todas as transmissões como se fossem finais de Copa do Mundo, Champions, Libertadores... Tenho a felicidade de ter feito finais de Copa, neste ano fiz a da Champions, vou fazer agora mais uma final de Libertadores e nos próximos anos teremos a Sul-Americana. Vimos ainda agora o São Paulo na final e perdendo, o Athletico-PR ganhar antes, o próprio São Paulo vencendo em 2012... É assim, com grandes clubes e vai ser muito legal também. Há dois anos, por exemplo, tivemos Corinthians e Peñarol na fase de grupos. Claro que não é a Libertadores, mas, uma das coisas legais do SBT é que, fazemos amplas coberturas, sempre respeitando o torcedor, independentemente do campeonato.