Atualmente com 30 anos, Kayke será mais um representante da experiência no elenco do Fluminense. Depois de começar o ano no Bahia, ele se transferiu ao Tricolor na última semana para se juntar a um elenco já recheado de opções para o ataque, mas que ainda sofre com a dependência justamente do titular na posição do centroavante: Pedro.
Sonho de Abel Braga no início da temporada, Kayke só não fechou com o Flu pelo longo período de indecisão com a situação de Henrique Dourado, titular indiscutível na época e que acabou se transferindo para o Flamengo. O treinador, então, precisou apostar no talento do jovem Pedro, que correspondeu e foi, inclusive, convocado para a Seleção Brasileira.
Se antes o jogador criado nas categorias de base do Flamengo poderia ter sido o titular do time, hoje ele tentará aproveitar as oportunidades na ausência do camisa 9. Pedro perderá os duelos contra Vitória e Botafogo, no Campeonato Brasileiro. Caso Kayke consiga vencer a concorrência com os outros reforços, pode mostrar trabalho para Marcelo Oliveira neste momento. Além disso, o artilheiro tricolor ainda pode deixar o clube até o próximo dia 31, quando fecha a janela de transferências da Europa.
O passado no rival, inclusive, foi um salto na carreira do agora camisa 17. Depois de deixar o Fla em 2009, ele passou por Vila Nova e Venda Nova antes de atuar em clubes da Suécia, Noruega e Dinamarca. Depois, passou por Paraná, Nacional (POR), Atlético-GO e ABC, até reencontrar seu clube formador. Em 2016, após bom desempenho, foi vendido ao Yokohama F. Marinos (JAP). Passou por empréstimo no Santos, Bahia, até chegar ao Flu.
Com a camisa do Flamengo, na reserva de Paolo Guerrero, fez 16 partidas e seis gols. No Japão, disputou 30 duelos (começou 21 deles) e chegou às redes oito vezes. O clube em que mais teve oportunidades foi o Santos, com 42 partidas (22 como titular) e nove gols. No Bahia, fez 17 partidas, mas só marcou uma vez.
- Cada um tem sua característica. Sou centroavante, a mesma posição dele. Cada um tem um jeito, cada um coloca a sua forma de jogar. Sou atacante leve, de movimentação. Me vejo assim. Claro que sem deixar de fazer gol, a principal função. Em outros clubes, convivi com grandes jogadores. Ricardo Oliveira no Santos e Guerrero no Flamengo. Fico feliz pelo momento do Pedro. Chego com força para tentar ajudar. Vamos precisar ter elenco - avaliou Kayke, durante a apresentação no Fluminense.
Pensando em uma possível escalação, Kayke ficaria no mesmo lugar de Pedro. É pouco provável que Marcelo Oliveira utilize os dois ao mesmo tempo na equipe por terem características muito semelhantes. Nesse caso, ele jogaria melhor ao lado de jogadores como Matheus Alessandro, Junior Dutra, Marcos Junior, Luciano, Bryan Cabezas, entre outras opções do elenco.