Escrito por Lance!
Após o empate com o Botafogo, as chances do Fluminense de se garantir na Libertadores saltaram para 99%, segundo dados do Departamento de Matemática da UFMG. Na coletiva, Fernando Diniz ressaltou que é preciso destacar o feito do Tricolor, já que o clube tem orçamento e folha salarial menores que os adversários que disputam uma vaga direta na competição continental.
Diante deste cenário, o LANCE! se debruçou sobre os números para compreender as diferenças entre as folhas no momento. Caso garanta a classificação, o time das Laranjeiras disputará sua terceira Libertadores consecutiva. Então, repetirá o feito de 2011, 2012 e 2013, quando ainda tinha a Unimed estampada em seu uniforme como patrocinadora.
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Atualmente, a folha salarial do Tricolor gira em torno dos R$ 6 milhões, quase quatro vezes menor que a do arquirrival Flamengo, que está na final da Libertadores. O Rubro-Negro tinha uma folha de R$ 22 milhões, a maior do futebol brasileiro em abril. Porém, com as chegadas de Everton Cebolinha, Vidal, Pulgar e Varela, alcançou a marca de R$ 468 milhões por ano, o que dá acima de R$ 30 milhões mensais.
- O Fluminense concorre com times com orçamentos muito maiores. É preciso fazer uma análise em cima da expectativa. O dinheiro no futebol quase sempre faz diferença, é assim no mundo inteiro. Não estamos na mesma página. O Fluminense é gigante, mas hoje tem uma folha de R$ 6 milhões e o Flamengo de R$ 24 milhões, R$ 25 milhões, além dos outros. Então, temos que lutar muito e fazer um trabalho diferente. O Fluminense merece ser enaltecido por sua campanha - disse Diniz.
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Na comparação com outros adversários que lutam pelo G4 e com o Atlético-MG, atual campeão brasileiro, a distância segue grande. Os rivais Palmeiras e Corinthians também possuem folhas robustas, que ajudam a colocá-los na briga. O Alviverde está perto do título e tem uma folha na casa dos R$ 21 milhões/mês, enquanto o Timão na dos R$ 20 milhões/mês.
A principal investidora do Atlético-MG é a família Menin. Rubens é fundador da MRV e tem elevado o patamar do clube mineiro, que tem uma folha em torno de R$ 21 milhões. O Internacional, por sua vez, efetuou o enxugamento de sua folha com a saída de 14 atletas no meio do ano. Com isso, os salários do Colorado giram em torno de R$ 8,3 milhões no momento.
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Por outro lado, parte da torcida tricolor tem reclamado dos valores envolvidos nas vendas das joias de Xerém. Outro ponto criticado é a contratação de medalhões, que não têm rendido o esperado. Nomes como Felipe Melo, Willian Bigode, David Braz, que são suplentes, são os mais citados.
De olho na Libertadores e na meta orçamentária
A temporada chega a sua reta final e um dos focos do Fluminense é
confirmar a vaga na fase de grupos da Libertadores. Em primeiro lugar, é preciso salientar que a classificação traria ganhos não só esportivos, como financeiros. E diminuiria a distância para a previsão orçamentária da temporada.
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O Tricolor tem no orçamento de 2022 uma projeção de mais de R$ 67 milhões em premiação, mas viu eliminações complicarem a meta. Caso encerre no G4, o Tricolor poderá fechar a temporada com um orçamento de até 57,9 milhões em premiações e ver a diferença encurtar. Atualmente, é de R$ 40,7 milhões.
No atual momento, o clube carioca soma R$ 26,6 milhões, sendo R$ 16,8 milhões da Copa do Brasil (eliminado nas semifinais), R$ 5,5 milhões da Libertadores (eliminado na terceira fase) e R$ 4,3 milhões da Sul-Americana (eliminado na fase de grupos). O Tricolor ainda conquistou o Campeonato Carioca, porém, não teve premiação.
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Dessa forma, o campeão do Brasileirão ganha R$ 45 milhões, o segundo R$ 42.7 milhões, o terceiro R$ 40.5 milhões, o quarto R$ 38,2 milhões, o quinto R$ 36 milhões e o sexto R$ 33;7 milhões. Nessa soma, o Fluminense poderia chegar bem mais perto dos R$ 67 milhões previstos.
* Números atualizados pel CBF nesta semana