Escrito por Lance!
Com apenas 20 anos, Douglas é um dos ativos do Fluminense no mercado. Na reta final do Brasileirão, mês passado, representantes de um clube da Bélgica estiveram no Rio de Janeiro para observar o atleta de perto e buscar informações para uma contratação. O Tricolor, no entanto, não quis iniciar conversas e o mantém nos planos para temporada de 2018.
Douglas despertava o interesse de europeus desde janeiro deste ano. Porém, os problemas físicos que o tiraram dos gramados por três meses afastaram investidas anteriores. Bastou voltar a jogar no segundo semestre para que os belgas se aproximassem de vez.
Se em janeiro o Fluminense cogitava vendê-lo para aliviar as finanças, em dezembro a situação mudou. A prioridade do clube em relação a Douglas é recuperar sua melhor forma física e técnica após viver um drama por conta de uma artrite reativa - que nos piores momentos fez o atleta precisar de cadeira de rodas. Os próprios empresários e a diretoria tricolor só ouvirão propostas do exterior assim que o camisa 8 estiver nas melhores condições.
O volante de Xerém, uma das maiores revelações da base nos últimos anos, é um dos nomes preferidos de Abel Braga. Além disso, o treinador que estuda uma nova maneira de jogar em 2018 não contará com Orejuela, emprestado à LDU, e pode perder Wendel para o PSG no meio do ano.
As lesões marcaram a temporada do atleta. Além do corte da Seleção sub-20 em janeiro, na disputa do Sulamericano da categoria, Douglas jogou menos da metade dos jogos do Fluminense em 2017. Foram 32 atuações, com dois gols marcados e três assistências.
INÍCIO NO FUTSAL DE XERÉM
A torcida do Fluminense conheceu Douglas em 2015, quando, com 18 anos, estreou como titular em um Fla-Flu no Maracanã. Mas a história do volante no clube vem de muito antes de virar profissional nas Laranjeiras. Aos 12 anos, o garoto chegou em Xerém para tentar a sorte no futebol. Mas, os primeiros passos foram com a chuteira sem trava - a de futsal.
No Fluminense, a modalidade é levada a sério para a formação de atletas no futuro. Os garotos que chegam ainda novos no clube passam pelas quadras de Xerém, integrada ao futebol de base e também ao profissional.
- Estou sempre que possível em contato com o Marcelo Teixeira para debatermos o melhor para o futuro do nosso clube. Queremos desenvolver jogadores para o futebol de campo e estamos realizando um bom trabalho. Já temos mais de 100 meninos hoje treinando em Xerém que são oriundos aqui do futsal e sei que podemos aumentar ainda mais este número nos próximos anos - explica o gerente de futsal, Ivan Proença.
No estado, o futsal tricolor é referência e busca a hegemonia de títulos nas categorias abaixo do sub-15. Só no ano de 2017, os moleques de Xerém conquistaram ao todo 17 títulos no esporte, entre as categorias do sub-14 até o sub-7.