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Agenor não se abala com críticas e afirma: ‘Não estou no Flu de férias’

Em entrevista ao LANCE!, goleiro projeta um ótimo segundo semestre, minimiza o interesse do clube em outros jogadores da posição e mostra confiança em manter a titularidade 

Agenor venceu a disputa com Rodolfo e atualmente é o titular do Fluminense (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
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- A desconfiança sempre foi um grande desafio e me sinto um vencedor deste duelo por estar onde estou. É com esse pensamento que Agenor encara o desafio de ser titular do Fluminense. Aos 29 anos, o gaúcho de Erechim vive no Tricolor a sua grande chance de ser firmar como goleiro de time grande, após passagens por Joinville, Sport e Guarani.

Revelado pelo Internacional, Agenor passou boa parte da carreira como reserva, tanto que chegou ao centésimo jogo como profissional recentemente, na derrota do Fluminense para o Bahia, por 3 a 2, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o goleiro falhou ao perder a bola para Gilberto, que acabou fazendo o gol. As críticas foram implacáveis, porém não abalam o jogador.

- Não estou aqui no Fluminense de férias. Respeito esta camisa, a história e o clube tem sempre o melhor de mim. Ninguém escolhe falar ou fazer algo errado em campo. Estamos os 90 minutos buscando a vitória. Sei que sou alvo destas críticas, algumas delas construtivas, por parte do torcedor e da imprensa. Me mantenho focado para que no jogo seguinte eu possa fazer a minha melhor partida pelo Fluminense - disse Agenor, que completou afirmando ter orgulho de estar no Tricolor:

- Não perderei as minhas convicções e a confiança no meu trabalho por pesquisas, especulações ou campanhas em redes sociais. Tenho orgulho de estar aqui no Fluminense e trabalharei cada dia mais forte para o clube ter sempre o meu melhor, dentro e fora de campo.

Recentemente, em entrevista ao LANCE!, o vice geral Celso Barros admitiu que o Fluminense está em busca de um goleiro, confirmando que Walter, do Corinthians, está em pauta. Até mesmo o italiano Buffon foi especulado no clube. O interesse na contratação de um jogador da posição não abala a confiança de Agenor, que entende a necessidade na busca por reforços.

- Me sinto tranquilo quanto a isso. Esta é uma análise que diz respeito à direção do clube. Não cabe a mim interferir no trabalho realizado por eles. O Fluminense tem um grupo bom, mas todos nós sabemos que é preciso agregar, pois há também a possibilidade de atletas saírem.

Com oito jogos pelo Fluminense, Agenor levou 12 gols, não sendo vazado em apenas uma partida, empate em 0 a 0 no clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Em campo, o goleiro soma duas vitórias, três empates e três derrotas. Apesar do momento negativo da equipe, o jogador acredita que o Tricolor terá um ótimo segundo semestre, principalmente por conta do tempo de preparação.

- Estou pronto para defender a meta do Fluminense. Fiz boas atuações que nos ajudaram a voltar do recesso lutando pela Sul-Americana. Damos muita importância pra isso e também para o Campeonato Brasileiro, que vai precisar de um Fluminense com uma postura diferente e com certeza vamos apresentar isso em campo. Penso que podemos fazer um segundo semestre diferente, aproveitarmos a intertemporada para ajustar os detalhes que não conseguíamos devido ao calendário de jogos.

Contratado início do ano, Agenor tem contrato com o Fluminense até dezembro. O elenco tricolor se reapresenta na próxima segunda-feira, no CTPA, dando início à intertemporada.

Bate-Bola com Agenor

Qual é o balanço que você faz em relação as suas atuações neste primeiro semestre pelo Fluminense?
- Acredito que foi importante poder ajudar a equipe dentro de campo e ganhar uma sequência para pegar ritmo de jogo. Temos um grupo forte e o trabalho do professor Diniz pode trazer ótimos resultados para o Fluminense. Assim como outras equipes, enfrentamos algumas dificuldades, mas que jamais nos serviram de desculpa, pois o nosso empenho total em campo nunca faltou.

De acordo com a opinião de parte da torcida e também da imprensa, você falhou em alguns gols que seriam defensáveis. Como você recebe essas críticas?
- Eu sou muito tranquilo com relação a isso. Ninguém jamais vai me cobrar tanto quanto eu mesmo. O grande problema é que as pessoas enxergam muitos erros em campo e deixam de valorizar os acertos da equipe. Torcedor precisa torcer, acreditar e apoiar. É assim que ele fará o seu atleta melhorar cada vez mais e se sentir confiante.

Mesmo com toda a desconfiança, você se sente capaz e motivado para ser o titular do Fluminense?
- Totalmente. Estar aqui já é uma grande motivação para qualquer profissional do futebol. A desconfiança acompanha o atleta desde as categorias de base. É preciso saber conviver com isso, pois a necessidade de troca no nosso futebol impera. Imagina se mais setores do mercado também trocassem seus funcionários como o futebol faz? O que não podemos é abaixar a cabeça e aceitar. Somos preparados diariamente por um grande profissional do clube que é o André Carvalho, preparador de goleiros, e busco tirar o máximo de cada atividade. Precisamos entender de uma vez por todas que sempre seremos os responsáveis pelas grandes mudanças que sonhamos. Não pode partir de nós mesmos uma postura diferente.

O Fluminense vive um grande problema financeiro, que impossibilita fazer grandes contratações e manter os salários em dia. Além disso, o time se encontra na beira da zona de rebaixamento. Analisando esse cenário, o que o torcedor pode esperar para o segundo semestre?
- Pode esperar muito trabalho e empenho. Quem está aqui sabe que precisa fazer um segundo semestre ainda melhor. É preciso reconhecer que o Fluminense fez grandes jogos nesta primeira etapa do ano e que poderá mudar seu cenário no Brasileiro, além de brigar pela Sul-Americana.  Não podemos dizer que todas estas dificuldades do clube não atrapalham, mas precisamos focar no campo. É usar a intertemporada para recuperarmos nossas principais qualidades e voltarmos ainda mais fortes e preparados para a sequência de jogos decisivos.

O trabalho do Fernando Diniz encanta muita gente. No entanto, essa performance não se traduz em números e sabemos que no futebol brasileiro a análise é feita nos resultados. Vocês jogadores temem pelo futuro do treinador?
- Todos nós somos cobrados por resultados. É por isso que estamos constantemente buscando aprimorar o que temos de melhor e ajustar nossas deficiências. Assim como a comissão técnica precisa de coragem para, sem medo, colocar as suas ideias de futebol. Nos treinos e jogos, é preciso convicção e paciência por parte de quem analisa o trabalho que está sendo realizado. Ninguém que veste a camisa do Fluminense quer jogar bonito e perder, mas é preciso saber porque se ganha e porque se perde. Pontuar e vencer sempre será o nosso objetivo e trabalhamos diariamente pra isso. Este é o caminho para tornar o clube cada vez mais forte e vencedor, como sua própria história sempre deixou muito claro.