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Retrospectiva L!: Flamengo vive final de ano épico após flertar com o fracasso

Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022, Flamengo termina ano de forma épica após ver a "falta de química" e o desempenho no primeiro semestre colocar o ano em risco

Arturo Vidal e Gabigol com as taças da Copa do Brasil e da Libertadores (Foto: Armando Paiva/LANCE!)
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Tricampeão da Libertadores, tetra da Copa do Brasil e classificado para o Mundial de Clubes: o torcedor do Flamengo teve motivos de sobra para comemorar em 2022. O ano, contudo, esteve em risco no primeiro semestre, com a passagem de Paulo Sousa, na qual o Rubro-Negro flertou com o fracasso. Na retrospectiva, o LANCE! relembra os momentos da temporada que terminou em festa.

A TRAUMÁTICA PASSAGEM DE PAULO SOUSA

Após um intercâmbio na Europa, a direção do Flamengo acertou a contratação de Paulo Sousa, que abriu mão de dirigir a Polônia na Copa do Mundo e pagou a multa para assumir o Rubro-Negro em janeiro. Com dois anos de contrato, o português chegou com comissão técnica completa e com a missão de iniciar uma reformulação no elenco. Os resultados, o desempenho e a incompatibilidade de algumas de suas ideias com o grupo de jogadores fizeram o projeto ser interrompido em junho.

A mudança em funções de nomes como Everton Ribeiro e a aposta no sistema com três zagueiros não vingaram. Quando voltou atrás era tarde demais. De positivo, João Gomes e Lázaro firmaram-se como nomes importantes com Paulo Sousa, que ainda deu espaço a Victor Hugo e Matheus França.

VICES, TURBULÊNCIA E ANO EM RISCO

A "falta de química" entre elenco e Paulo Sousa colocaram o ano do Flamengo em risco. Logo nos primeiros desafios, o Rubro-Negro acabou superado por Atlético-MG, na Supercopa do Brasil, e Fluminense, no Estadual. Mais do que aumentarem a pressão, os vices expuseram a fragilidade de uma equipe que, a cada partida, se distanciava daquele que havia brilhado nos anos anteriores.

Internamente, o ambiente no Ninho do Urubu e a continuidade do trabalho de Paulo Sousa mostrava -se insustentável quando o Flamengo passou a flertar com a zona de rebaixamento no Brasileirão. A demissão do treinador veio após a derrota para o Bragantino, na 10ª rodada, no dia 8 de junho.

Dorival Júnior assumiu o Flamengo em junho (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

TROCA NO COMANDO: DORIVAL CHEGOU!

A solução encontrada pela diretoria foi Dorival Júnior, que deixou o Ceará para assumir o Flamengo em momento que a temporada parecia estar perdida. O início não foi bom, com três derrotas em quatro jogos. A recuperação do bom ambiente, da confiança e das principais características do time já haviam começado. Então, a vitória e a classificação sobre o Atlético-MG na Copa do Brasil, no "inferno" do Maracanã, no dia 13 de julho, ficou marcada como a hora da virada no ano rubro-negro.

Mais do que o ambiente, Dorival Júnior consertou o time. Com a lesão de Bruno Henrique, deu a esperada sequência a Pedro e Gabigol. No gol, contou com o reforço de Santos, o reforço mais certeiro do clube para a temporada, acabando com a inconsistência na meta defendida ora por Diego Alves, ora por Hugo Souza. Na zaga, a recuperação de Léo Pereira foi o símbolo do trabalho de recuperação da confiança e do bom futebol dos jogadores feito pela comissão de Dorival Júnior.

Gabigol e Pedro, enfim, tiveram sequência no Fla (Foto: Gilvan de Souza/CRF)

PRIORIDADE DADA ÀS COPAS

A situação na tabela da Série A inviabilizava sonhar com o título, e a comissão técnica do Flamengo tomou a decisão de priorizar as Copas - mesmo que isso não fosse admitido pelo clube. No Brasileirão, Dorival colocou  em ação o "time B". Com Fabrício Bruno, Pablo, Vidal e Everton Cebolinha - todos contratados em 2022 - engatou sete vitórias e três empates em 10 rodadas, o que devolveu o Rubro-Negro a primeira parte da tabela do Campeonato Brasileiro com tranquilidade.

Nas noites de Copas, grandes atuações com David Luiz, João Gomes, Arrascaeta, Gabi e Pedro e campanhas invictas que levaram o Flamengo às finalíssimas da Copa do Brasil e da Libertadores.

A COROAÇÃO: DEZ DIAS MÁGICOS!

O time já não era o mesmo de 2019, tampouco o brilho, mas o futebol apresentado pelo time de Dorival Júnior era, acima de tudo, seguro. E foi assim que o Flamengo alcançou um final de temporada épico. As finais da Copa do Brasil contra o Corinthians, com o sufoco no Maracanã e a vitória na disputa por pênalti com Rodinei como herói improvável garantiu a dramaticidade. Em Guayaquil, o triunfo sobre o Athletico colocou os jogadores na história do clube e do continente.

Tudo em um intervalo de 10 dias entre os jogos no Rio, em 19 de outubro, e em Guayaquil, em 29. O fato do Flamengo não ter entrado na briga pelo título do Brasileirão não diminuiu em nada a festa e a empolgação dos torcedores e jogadores que celebraram lotando as ruas do Centro da cidade.

Marinho, Arrascaeta e Fabrício Bruno celebrando a Libertadores (Foto: Luis Acosta/AFP)

OS REFORÇOS E AS SAÍDAS

Além de Paulo Sousa, o Flamengo iniciou a temporada com as contratações de Fabrício Bruno, Pablo, Marinho e Santos. Se os zagueiros foram bem, mesmo como reservas, o atacante não se firmou. O goleiro, como citado, foi um dos principais destaques do time. Na segunda janela de transferências, o investimento foi maior com as chegadas de Everton Cebolinha, Erick Pulgar e Vidal. Importantes no "time B", o trio vive a expectativa de ser ainda mais participativo em 2023.

Por outro lado, o ano começou com a saída de Michael e outros vários atletas que, diferente do atacante, não deixaram saudades. Foram os casos de Kenedy e Piris da Motta, por exemplo. Já no fim da temporada, o Rubro-Negro despediu-se de nomes como Diego Alves, Diego Ribas e Rodinei.