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‘Nem sinal no retrovisor’: Flamengo se destaca em análise financeira de banco, que faz uma ressalva

O Itaú BBA publicou a 11ª edição da análise econômico-financeira dos clubes brasileiros de futebol, na qual o Flamengo se destacou

Entre muitas conquistas, o Flamengo levantou o Bi da Libertadores da América em 2019 (Foto: Luka Gonzales/AFP)
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O Itaú BBA divulgou, nesta terça-feira, a análise econômico-financeira dos clubes brasileiros de futebol referente ao ano de 2019. O Flamengo, atual campeão carioca, brasileiro e da Libertadores, foi também destaque fora de campo. Com um crescimento explosivo das receitas, assim como os custos, o "clube se distanciou a tal ponto que os adversários mais próximos não são nem percebidos", avalia o relatório que faz ressalvas e projeta o cenário de 2020.

Com uma receita total de R$ 841 milhões - a maior do país e com crescimento de 50% em relação ao ano anterior -, o Flamengo foi destaque nas finanças entre os clubes brasileiros. A arrecadação do Rubro-Negro foi impulsionada pelos títulos do Brasileiro e da Libertadores, além da presença no Mundial de Clubes - receitas recorrentes, mas variáveis.

O Palmeiras foi o único clube próximo ao Flamengo em 2019, com receita total de R$ 635 milhões. De acordo com o relatório do Itaú BBA, o deslocamento desses dois clubes em relação aos demais coloca uma vantagem competitiva importante, já que isso significa "maior capacidade de investimentos, montagens de bons elencos, pagar melhores salários e em dia".

A análise destaca quatro pontos que "deram certo" no Flamengo em 2019: aumento expressivo de receitas; custos controlados e dentro das receitas; conquistas esportivas; e alavancagem controlada. Por outro lado, a pesquisa do banco chamou atenção para um ponto: nível de geração de caixa recorrente.

Neste caso, a alerta do relatório é em relação ao "volume elevado de venda de atletas nos últimos anos, e que talvez se torne uma necessidade adicional em 2020 para ajudar a manter o conforto financeiro". Leia a análise do Itaú BBA.

"Nem sinal no retrovisor

Chegou ao tão esperado ano das conquistas, quando a capacidade econômico-financeira encontrou a capacidade esportiva. E foi um grande ano, quase perfeito.

Passou, 2020 iniciava com tendência de manutenção do cenário, mas eis que surge a pandemia e coloca um freio na explosão flamenguista. Impactos certos em receitas com Bilheteria e Sócio Torcedor, talvez com Publicidade, um pouco menos de TV é possível. Mas com custos e despesas maiores, em função de um elenco ainda mais qualificado.

De qualquer forma o clube não parece correr riscos. Certamente terá dificuldades com fluxo de caixa, o que é natural para todos que ficam meses sem receitas relevantes e custos correndo. Mas tem capacidade de se recolocar rapidamente nos trilhos quando alguma normalidade retornar.

Fica um sinal de alerta que é o volume elevado de venda de atletas nos últimos anos, e que talvez se torne uma necessidade adicional em 2020 para ajudar a manter o conforto financeiro. Faz parte, mas com o tempo precisa reduzir esta dependência.

No mais, é surfar a onda de bonança. O futebol é cheio de surpresas, especialmente as que surgem dentro das estruturas. Não parece que elas estejam no horizonte, especialmente num ano que a maioria dos clubes tende a sofrer muito mais que o Flamengo. O clube se distanciou a tal ponto que os adversários mais próximos não são nem percebidos.

Segue o jogo!"