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‘Estamos em outro patamar’: lembre como surgiu a frase e por que ela faz sucesso entre a torcida do Flamengo

A frase voltou à tona após uma torcedora entrar na Justiça contra o atacante para impedi-lo de explorar comercialmente a marca 'Otô patamá'

Bruno Henrique é o autor da frase (Foto: Cesar Sales/AM Press/Lancepress!)
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Nesta quarta-feira, a frase "estamos em outro patamar", dita por Bruno Henrique após um empate do Flamengo contra o Vasco por 4 a 4, em 2019, voltou à tona. Isso aconteceu porque uma torcedora entrou na Justiça contra o atacante para impedi-lo de explorar comercialmente a marca "Otô patamá". Por isso, a seguir, o LANCE! relembra e explica o contexto da declaração do camisa 27 e como ela fez sucesso entre os rubro-negros até hoje.

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No dia 13 de novembro de 2019, Flamengo e Vasco empataram por 4 a 4 no Maracanã, em partida válida 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o jogo teve de tudo: oito gols, duas viradas, 11 cartões amarelos, gol contra, gol nos acréscimos, provocações e confusão. No fim do confronto, atletas de ambas as equipes ainda trocaram xingamentos e empurrões.

Foi nesse clima quente que Bruno Henrique, autor de dois gols, concedeu entrevista ao "Premiere". O atacante afirmou que o Flamengo estava na briga pelo título e que não sabia dizer o que o Vasco disputava. O camisa 27 também ressaltou que os jogadores do Cruz-Maltino queriam tumultuar a partida e "ficar fazendo gracinha". Assim, Bruno Henrique destacou que o Fla deveria ter a cabeça no lugar, uma vez que, de acordo com ele, o time estava em outro patamar.

- Discussão de jogo (sobre confusão no fim). Para ganhar da gente tem que ser assim. Mas a equipe está de parabéns pelo desempenho, pela atitude. Só deixar um recadinho: nós estamos brigando por título, eles eu não sei pelo que estão brigando. Então a gente tem que ter a cabeça no lugar, porque isso aqui é o que eles queriam: tumultuar o jogo, ficar fazendo gracinha. A gente tem que ter a cabeça no lugar. Nós estamos em outro patamar. Nós perdemos a cabeça um pouco. Perdemos o foco do jogo, mas não da batalha. Agora é descansar. Temos grandes coisas pela frente - afirmou Bruno Henrique, na saída de campo, ao "Premiere" (Relembre a entrevista clicando aqui).

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Logo após a declaração de Bruno Henrique, a frase "estamos em outro patamar" fez sucesso entre a torcida. Dessa forma, a derivação "otô patamá" virou uma maneira de provocar os rivais e, também, para fazer memes.

O termo ganhou força principalmente pelo desempenho e pelos resultados daquele time do Flamengo. Na Era Jorge Jesus, até então técnico da equipe, o Rubro-Negro conquistou cinco títulos - Brasileirão, Libertadores, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca - e sofreu apenas quatro derrotas (Relembre todos os números e recordes aqui). 

A frase, então, não saiu mais da boca dos torcedores e jogadores. Após conquistar o Octa do Brasileirão, Bruno Henrique, em entrevista à TV Globo, exaltou a força do time e, novamente, frisou que o Flamengo estava em outro patamar. Naquela época, o Fla havia conquistado o sétimo título em apenas duas temporadas.

- Estou muito feliz. Queríamos a vitória, o ano foi muito difícil, pandemia. Muitas coisas. No tranco. O Rogerio falou uma coisa, no jogo contra o Bragantino: "Vamos focar, nos dedicar que nós vamos ser campeões dentro do Morumbi. A gente está em outro patamar mesmo, por tudo que aconteceu. Ficamos 7 pontos atrás do São Paulo, a gente conseguiu chegar. A história não é como começa, é como termina. E hoje somos campeões - comemorou o atacante, em entrevista à TV Globo, na saída de campo.

REPERCUSSÃO 

Nas redes sociais, o Flamengo entrou na brincadeira e publicou a frase em postagens para exaltar o camisa 27. Inclusive, para anunciar a renovação de contrato do atacante, o clube publicou um vídeo em que Bruno Henrique confirmava a notícia e dizia que se sentia em outro patamar.

Gabigol, companheiro de equipe do jogador, ainda tatuou a frase em uma das pernas. "Outro patamar" também deu nome a um livro que fala sobre o Flamengo de 2019 e as lições para o futebol brasileiro. Além disso, a expressão foi o título de uma música do rapper Djonga.  

POR QUE A FRASE VOLTOU À TONA?

Isso aconteceu porque se tornou pública a notícia de que a torcedora do Flamengo Josineide Constantino Dantas entrou na Justiça contra Bruno Henrique para impedir o jogador de explorar comercialmente a marca "Otô patamá". No total, ela cobra uma indenização de R$ 13 milhões.

Na Justiça, Josineide argumenta que possui o registro da marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Dessa forma, a torcedora alega que apenas ela pode utilizar a marca no comércio de produtos, como roupas e artigos esportivos.

A torcedora afirmou que, após ouvir a entrevista do camisa 27, achou que o bordão seria um ótimo nome para uma marca de roupas esportivas. Assim, ela foi ao INPI e fez o registro.

No entanto, em agosto, os advogados de Bruno Henrique enviaram uma notificação à torcedora, em que ressaltam que ela "tenta pegar carona" na sua fama.

Ainda na notificação, o atacante revelou ter feito três pedidos de registro da marca no INPI e afirmou que Josineide viola o seu direito à marca. O processo tramita na 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo, mas ainda não foi julgado. (Veja a matéria do caso na íntegra).