Flapress

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

L! Espresso: Imperador César

Luiz Fernando Gomes analisa a atuação do goleiro flamenguista

Tenha uma análise crítica do esporte lendo o LANCE! Espresso
Escrito por

A mesma ironia do destino que deu mais uma chance a Alex Muralha no gol do Flamengo, miseravelmente desperdiçada com duas falhas contra o Santos, foi a que transformou César, fruto das categorias de base do clube, no herói da classificação rubro-negra à final da Copa Sul-Americana com a vitória por 2 a 0 sobre o Junior Barranquilla, na Colômbia. Das tribunas do Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, Muralha viu o garoto de 25 anos, que não atuava desde dezembro de 2015, defender um pênalti e passar a segurança que ele não conseguiu transmitir nesta temporada.

Difícil prever se com Muralha a história seria diferente, mas a aposta de Reinaldo Rueda no goleiro que era a quarta opção do elenco em uma partida de caráter tão decisivo traz um ganho psicológico incalculável a uma equipe (e a um técnico) que está sob pressão. O ano, que tinha contornos de fim trágico, pode ser fechado com um título internacional, e com um novo titular no gol, agora inflado em confiança com a atuação heroica na noite de ontem. Ao ficar fora até do banco de reservas, parece não haver muita alternativa para Muralha se não a busca por novos ares em 2018.

Soluções caseiras

Uma curiosidade, mas que vale como reflexão. No drama para achar um goleiro que fosse, no mínimo, um reserva confiável, o Flamengo ignorou César, prata da casa e campeão da Copa São Paulo de Juniores em 2011, e trouxe alguém de fora. Quando Guerrero ficou inativo, Felipe Vizeu segurou a onda, e ontem foi decisivo outra vez – cinco de seus nove gols em 2017 foram pela Sul-Americana. Vinicius Júnior só ganhou status no profissional quando o Real Madrid investiu. Antes disso, vieram Conca e Geuvânio, badalados, mas nulos.

As categorias de base precisam parar de virar quebra-galho e ganhar mais relevância no departamento de futebol profissional dos clubes brasileiros. Na Europa, investe-se muito em jovens para que no futuro eles se tornem soluções, e não tampões, ou gerem dinheiro. O recado também serve para o Palmeiras, que teve um 2017 espetacular nas categorias inferiores, selado ontem com o título da Copa do Brasil conquistado em cima do maior rival, o Corinthians. Fica a pergunta para ser respondida no curto e médio prazo: quantos desses garotos serão pelo menos testados em um futuro próximo?