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Diante da inevitável pressão, Ceni se expõe no Flamengo: ‘Prefiro assumir para mim essa responsabilidade’

Resultados, atuações e escolhas fazem a pressão  sobre o técnico do Flamengo ser grande

Rogério Ceni é elogiado por atletas, mas resultados pressionam o treinador (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
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Resultados ruins, desempenho abaixo da expectativa, chances de encostar na liderança do Brasileirão desperdiçadas, "velhos e novos erros defensivos"... No atual cenário vivido pelo Flamengo na temporada, a pressão sobre Rogério Ceni é inevitável, mas, após a derrota para o Ceará no Maracanã, o já exposto técnico, em entrevista, assumiu a responsabilidade pela estagnação do time.

Perguntado sobre o motivo pelo qual a sua equipe não tem sido capaz de pôr em prática o que é praticado no Ninho do Urubu, Rogério Ceni reforçou que sim, seus treinos são bons - como os atletas sempre dizem em entrevistas - e que a falta de resultados e atuações convincentes é culpa dele, não do elenco.

- Meus treinamentos são bons mesmo. Estudei muito para poder colocar em prática no dia a dia. As pessoas de alto nível querem saber para que estão fazendo as coisas e é preciso explicar, criar novas atividades para motivar. Não sei, talvez a maior culpa seja minha por não conseguir fazer que o time execute, dentro de campo, tudo que executa no treinamento. A seriedade com que eles trabalham, eu prefiro assumir para mim essa responsabilidade - afirmou Ceni.

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A declaração  do treinador, por um lado, serve para blindar os atletas ao mesmo tempo que passa a mensagem de que Rogério Ceni confia e está fechado com o elenco. Por outro lado, acontece dias depois do técnico creditar o revés por 2 a 1 no Fla-Flu a "erros grotescos para um time que ser campeão".

Tanto após o clássico quanto após a derrota para o Ceará, Rogério Ceni, por sua vez, manteve o discurso de que o Flamengo jogou bem (melhor que seus adversários), citando o controle do jogo, número de finalizações e chances criadas - e desperdiçadas - por Gerson, Everton Ribeiro, Bruno Henrique & Cia.

Sobre o fato do Rubro-Negro ter finalizado 51 vezes nas últimas três rodadas do Brasileirão (antes das derrotas, houve o empate sem gols com o Fortaleza, no Castelão) e ter feito apenas um gol, Ceni não soube dar maiores explicações.

- Os times adversários aproveitam as poucas oportunidades e convertem em gol. Significa que temos mais oportunidades que os adversário. O que tentamos é justamente isso: controle do jogo e mais oportunidades. A bola entrar ou não, é mais difícil de responder sobre isso. É um time organizado, que cria, que enfrenta rivais com linhas baixas. Em 2019 as coisas convergiram para que as coisas acontecessem. O trabalho que fazemos é o melhor possível, com alternativas, corremos mais riscos colocando um atacante a mais, mas, infelizmente, não vem dando certo e a responsabilidade é minha - finalizou.

A soma de resultados ruins, atuações decepcionantes, escolhas questionáveis e a ausência de evolução da equipe fazem a pressão ser grande sobre o treinador, que, "experimentado" no mundo do futebol, sabe que está exposto, e a continuidade de seu trabalho no Flamengo depende de bons resultados, a começar pela partida da próxima segunda, contra o Goiás, pelo Brasileirão.

- No futebol não existe garantia. É a única garantia que te dou. É preciso conquistar a garantia com os resultados em campo. Até agora, os resultados são frágeis, ruins, perto do que esse time pode produzir. No futebol não existe garantia e a direção é soberana. Tem total direito de tomar qualquer decisão. O trabalho diário é muito bom, como resultado deixa a desejar - avaliou Ceni.