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CPI dos Incêndios: Familiares voltam a criticar o Flamengo e dirigentes não comparecem à sessão na Alerj

Deputados da CPI votaram pela execução do pedido de condução coercitiva, caso os cartolas não compareçam à Casa Legislativa na próxima sexta-feira

(Foto: Matheus Dantas)
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Uma sessão da CPI dos Incêndios, responsável pela investigação dos grandes incêndios que atingiram o Estado nos últimos meses, foi realizada nesta sexta-feira, na Alerj, na qual os deputados ouviram familiares e representantes de vítimas da tragédia que matou 10 atletas das divisões de base do Flamengo em fevereiro de 2019, além de representantes do clube e órgãos responsáveis pela perícia e investigação, como IML e Corpo de Bombeiros.

Aos deputados da CPI, presidida por Alexandre Knoploch (PSL), advogados de duas famílias das vítimas, entre outros assuntos, mostraram lamentações pelo tratamento com os familiares.

- Em momento algum fomos entraves para acordo. O Flamengo tem o telefone e está liberado para fazer contato direto com elas. Jamais houve nenhum entrave pois não houve contato. Estamos solidários à dor - afirmou a Doutora Majuri Maciel, advogada da família de Pablo Henrique, uma das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu.

- Amanhã completa um ano, não houve um contato do Flamengo dizendo que houve um incêndio e seu filho estava entre os presentes. Não recebi um telefonema do Flamengo para tentar explicar o inexplicável. Não tive qualquer suporte apoio do Flamengo, a não ser a pensão - reforçou Wedson Cândido, pai de Pablo, que esteve acompanhado na sessão por sua esposa, que mostrou-se bastante emocionada durante a sessão.

A advogada Paula Wolff esteve na sessão representando a família de Jorge Eduardo, outra vítima do incêndio que atingiu o alojamento do CT do Flamengo em fevereiro de 2019.

- Os pais (de Jorge Eduardo) estão trabalhando, não moram no Rio de Janeiro e nos falamos diariamente. Essa CPI indica uma luz para eles - afirmou.

O advogado Carlos Torres, que representa a família de Naydjel Callebe, um dos 16 jovens que sobreviveram ao incêndio. O Dr. confirmou que a família entrou em acordo com o clube, mas não deixou de fazer críticas à condução do caso por parte do Flamengo, inclusive por dispensar Naydjel Callebe - e outros quatro atletas que estavam no alojamento em 8 de fevereiro - no início deste ano.

Segundo o Dr. Carlos Torres, o Flamengo ainda não enviou documentos como a grade curricular de Naydjel Callebe, o que tem dificultado a readaptação do jovem em sua cidade.

O Rubro-Negro esteve representado juridicamente por Antonio Cesar Dias Panza, diretor jurídico, e William De Oliveira, advogado do clube. Por sua vez, o advogado reforçou que a direção e o clube sempre se colocaram à disposição das famílias e jamais se eximiu da responsabilidade pelo ocorrido.

- O Flamengo pede desculpas novamente e diz que jamais se eximiu das responsabilidades. A gente sabe que amanhã é um dia triste para todos nós, mas para vocês é uma coisa que não tem como mensurar. Eu peço desculpas de coração a todas as famílias e dizer que o Flamengo está aberto a todas as reivindicações - afirmou William.

Reinaldo Belotti, CEO do Flamengo chegou ao Palácio Tiradentes por volta de 12h50 e também será ouvido pelos deputados Rodrigo Amorim, Alexandre Knoploch e Jorge Felippe Neto. Outros dirigentes do clube foram convocados, tanto da gestão de Eduardo Bandeira de Mello - encerrada em dezembro de 2018- quanto da gestão de Rodolfo Landim. Os dois mandatários foram convidados, inclusive. Estiveram na Casa o ex-presidente Bandeira de Mello e Luis Felipe Teixeira, ex-vice-presidente de Administração.

O presidente Rodolfo Landim, o vice-presidente geral e jurídico Rodrigo Dunshee e o ex-vice-presidente de Patrimônio Alexandre Wrobel não compareceram. Por isso, os deputados da CPI votaram pela execução do pedido de condução coercitiva dos dirigentes, caso os mesmos voltem a não comparecer à Casa na próxima sexta-feira. O pedido de condução coercitiva será protocolado junto à Polícia Civil.