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Corinthians tem segunda frustração no mercado de técnicos, mas mantém política ‘pés no chão’

Em ambas as negociações, Timão colocou um limite até onde poderia chegar financeiramente e não fez menção de mudar diante de contraproposta ou recusa

Cúpula do Corinthians tem se mantido fiel aos limites financeiros do clube (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
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Após a saída de Vagner Mancini, no último domingo, o Corinthians acumula duas frustrantes recusas para o cargo de técnico do time principal. Embora tenham sido desfechos decepcionantes em meio a sinais positivos nas negociações, a diretoria manteve os "pés no chão" e não partiu para "loucuras", como vem dizendo desde o início da busca por um novo treinador.

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Em grave situação financeira, com quase R$ 1 bilhão de dívidas, sem contar o estádio, o presidente Duilio Monteiro Alves sabe que o ano de 2021 terá de ser de contenção de gastos, ao mesmo tempo em que precisa manter uma equipe competitiva disputando os torneios desta temporada. Não é à toa que se trata do único clube de Série A que ainda não contratou reforços até aqui.

Essa política "pés no chão" foi testada nos últimos dias em meio à busca por um novo treinador. Nas negociações com o alvo principal para o cargo, Renato Gaúcho, o clube estabeleceu um limite do que poderia pagar como salário, valor que era metade do que o técnico recebia no Grêmio. A recusa teve como base aspectos pessoais, mas segundo pessoas ouvidas pelo LANCE!, a quantia não seria modificada mesmo se houvesse uma barganha do ex-gremista.

Nas tratativas, também foi colocado que os reforços seriam pontuais e dentro das possibilidades do clube, ou seja, não foi prometido um "pacotão" de jogadores a fim de "seduzir" o treinador para aceitar a proposta corintiana.

O mesmo ocorreu com Diego Aguirre, último treinador a recusar o convite do Timão. Nesse caso, diferentemente do que ocorreu com Renato, o uruguaio e seu agente fizeram uma contraproposta para a diretoria. De acordo com a apuração da reportagem, o valor foi menor do que o oferecido ao técnico gaúcho, e sempre tratado em reais, não em moeda estrangeira.

Mesmo que já estivesse com o acordo engatilhado e valores acertados no dia anterior, a diretoria não aceitou a mudança na quantia oferecida e decidiu encerrar a negociação, mesmo sendo a segunda recusa consecutiva e as opções se tornando cada vez mais escassas. A pressão da torcida por uma definição rápida também não influenciou e os pés no chão foram mantidos.

A posição adotada nessas duas tentativas frustradas não deve mudar para os próximos alvos para o cargo. O treinador que aceitar comandar o Corinthians vai topar um desafio dentro das condições que o clube pode oferecer no momento: salário realista, sem promessa de reforços e com dificuldades financeiras. A busca pelo novo técnico continua, mas sem passar dos limites.