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Reage, Chape! Analistas apontam desafios para o clube em 2017

Especialista em Gestão do Esporte e psicólogo detalham como equipe precisará se preparar dentro e fora de campo para engrenar no ano em que disputará Copa Libertadores

Preparação de time competitivo e superação do luto são desafios apontados por especialistas (Foto: HO/AFP)
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A luta da Chapecoense para tentar se reestruturar após a tragédia na Colômbia ganhou dimensões continentais em 2017. Após ser declarada campeã da Copa Sul-Americana, a equipe obteve uma vaga na Copa Libertadores, afetando seu planejamento fora e dentro de campo.

O LANCE! procurou especialistas para saber como o clube terá de se reestruturar para montar um time competitivo e se recuperar psicologicamente para o que vem na próxima temporada. 

AMIR SOMOGGI 

Especialista em Análise Financeira da Academia LANCE! e consultor de marketing e gestão esportiva


A conquista da Copa Sul-Americana é um prêmio por tudo o que aconteceu à Chapecoense mas, na verdade, fará com que o clube tenha um ano mais agitado. Caberá à nova diretoria o desafio de conseguir uma viabilidade financeira para montar um time competitivo e que tenha forças para lidar um ano inteiro.

A atitude da Chape em recusar a imunidade nos próximos anos foi louvável, e muito ética. Porém, acho que o clube deveria aceitar os jogadores oferecidos por outros clubes, pois suas categorias de base (assim como as de vários clubes) não parecem suficientes para contribuir com a equipe. Sem dúvida, será um desafio, mas a Chapecoense, mesmo com uma folha salarial cinco vezes menor que a do Internacional, por exemplo, já mostrou que tem organização para ir bem em qualquer competição.

EDUARDO CILLO

Especialista da Academia LANCE! em Psicologia do Esporte


Passado o choque de realidade diante de uma tragédia tão impactante, era natural que a equipe se voltasse para pensar em como agir para a próxima temporada. Caberá a quem está no clube ter muita paciência para este processo lento de reestruturar equipe, comissão técnica e departamento de futebol.

A dificuldade para se recuperar se estenderá também aos jogadores que se recuperaram do acidente com o avião ou os que não viajaram. Enquanto o grande público vira a página mais rápido, quem segue na Chape perdeu amigos, fica com a sensação de que "poderia ser ele". É muito difícil de lidar com este luto.

Além de se afastar um pouco dos noticiários, o período de férias das pessoas que seguem na Chapecoense tem de ser o momento de ficar perto da família, onde há a solidariedade mais contínua. É o momento de descanso, de superar a dor da perda, possivelmente de medo.

No retorno da próxima temporada, a nova comissão técnica precisará avaliar como está cada jogador após este período. Talvez algum atleta precise de psicoterapia, por ter uma dificuldade maior de superação. É natural que a maneira como lida com o luto mude de acordo com cada jogador.