Brasileirão

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Dirigentes avaliam mudanças no calendário nacional para 2017

Questionamento à duração dos estaduais é abordado, e avanços são considerados tímidos. Ausência de Primeira Liga e formato diferente do europeu são questionados

Dirigente veem com dúvidas o novo calendário (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Escrito por

A divulgação do calendário do futebol brasileiro para a temporada de 2017 foi recebida com ressalvas por alguns presidentes de clubes do país afora. Mesmo com a redução para 80 clubes na Copa do Brasil para balancear  o espaço maior da Libertadores e Copa Sul-Americana, os dirigentes ainda têm algumas questões em pauta.

Presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, crê que só há uma alternativa para o futebol brasileiro:

- O calendário brasileiro devia ser nos moldes do europeu, para evitar que clubes se desmantelem no meio do ano e virem meros exportadores de mão-de-obra. No mais, houve tímidos avanços para o que temos hoje, mas o formato segue longe do ideal - afirmou, ao LANCE!.

O calendário para 2017 também rendeu algumas ressalvas aos olhos do dirigente santista:

- É válido a Copa do Brasil ter menos clubes, mas quanto a Estaduais era bom ver caso a caso. Para nós, o Paulistão tem uma importância maior. Podiam também dar um período a mais de pré-temporada, para termos chances de excursionar fora do país.

A duração dos estaduais, porém, foi alvo de críticas do presidente do Atlético-PR, Luiz Sallim Emed:

- Houve alguns avanços, mas os campeonatos estaduais seguem com muitas datas. São 18 datas, praticamente a metade do Brasileirão, dedicadas a uma competição deficitária como a daqui do Paraná. Além disto, há uma desproporção muito grande na maioria das vezes - disse, ao LANCE!.

A não-oficialização da Primeira Liga também deixou o dirigente do Furacão na bronca:

- A Primeira Liga continua a não fazer parte do calendário. A sensação é de que a CBF quer desvalorizar o movimento dos clubes envolvidos, ao não dar esse apoio, mas nós vamos continuar com a competição. A parte válida é a do espaço maior para a Libertadores e a Copa Sul-Americana.

Aos olhos do presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro, a mudança nas duas primeiras fases da Copa do Brasil deixou muitas dúvidas:

- O calendário está muito puxado, e ainda deixou dúvidas quanto às duas primeiras fases da Copa do Brasil. Com esta questão de ser um jogo só, deveriam deixar o mando para quem está melhor no ranking. Caso contrário, a Chapecoense e outros clubes correm risco de perder vaga no torneio para clubes menores- afirmou, ao LANCE!

Já a competição é vista com altos e baixos para Pallaoro:

- A possibilidade de jogar a Copa do Brasil e a Sul-Americana foi interessante, são duas competições importantes. Seria bom que quem jogasse a Copa Libertadores parasse de disputar o torneio, porque daria espaço para outros clubes de menor investimento se destacarem.

Em relação aos estaduais, o dirigente da Chape afirma que o Catarinense terá consequências com o que a CBF estabeleceu:

- O Catarinense vai ficar muito espremido. Como são dez clubes jogando, fazíamos dois turnos com cinco clubes e, depois, semifinal e final. Agora, com 18 datas, não pode ser muito grande. Para clubes médios e menores, essa decisão é muito ruim.

O diretor executivo do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, reconheceu um esforço da CBF. Segundo ele, há o mérito de tentar se adequar ao que vem de fora:

- Como tem de dar espaço o período de Libertadores, a CBF está adequando, mas faz o que pode. O problema é que os clubes costumam criticar só o calendário pronto, dão palpite. Mas fica a certeza: nunca vamos achar o ideal.

Além de não ver mudanças significativas, Cunha tem uma visão crítica sobre  a exigência de adequação ao "formato europeu": 

- A Copa do Brasil já era jogo único em caso de dois ou mais gols, mas agora precisa ver qual é o parâmetro para uma equipe passar. Quanto à adequação do calendário de alguns países da Europa, é questionável. Vamos ficar reféns do maior mercado? E se amanhã a China, os Estados Unidos, forem o centro do futebol, mudamos de novo? O mercado é assim, cabe a cada clube ter estrutura sólida para lidar com isto.