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Ao L!, presidente do Conselho Deliberativo analisa Botafogo S/A: ‘Um marco histórico’

Com exclusividade ao LANCE!, Edson Alves Junior torce para que projeto de clube-empresa seja positivo e acredita que sócios votarão pela mudança da atual gestão no dia 27

Edson Alves Junior na reunião do Conselho Deliberativo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Com o futebol de férias, o dia a dia do Botafogo não escapa da questão envolvendo o clube-empresa. O projeto, que vem sendo desenhado desde o meio do ano e está se aproximando de seus passos finais, vai separar o departamento de futebol do Alvinegro do núcleo social. Com exclusividade ao  LANCE!, Edson Alves Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, falou sobre o momento vivido nos bastidores.

- É de muito positivismo no sentido de que a gente está trilhando o caminho de vanguarda em grandes clubes do futebol brasileiro. Não tenho dúvidas que o sucesso desse empreendimento vai mudar a cara do futebol brasileiro. Acho que vai mudar para melhor porque vai abrir para que investidores, não só da área esportiva, apareçam de forma mais pesada. A gente encara como um marco histórico não só do Botafogo, mas como do futebol brasileiro - afirmou.

Apesar de ocupar uma cadeira de destaque na estrutura de conselheiros do Botafogo, Edson não esconde sua posição em relação à possibilidade de o Alvinegro se tornar um clube-empresa. Para o mandatário, é importante que o Glorioso busque o novo modelo de gestão o quanto antes.

- Sou totalmente favorável. Claro que, enquanto presidente do Conselho Deliberativo, eu tenho que manter, institucionalmente, todas as deliberações, proposições, regras, respeito às adversidades, mas, nesse caso específico, é até interessante, porque a gente não percebe de fato nenhuma divergência. Todos os setores do clube, dos torcedores aos sócios, estão alinhados que este é melhor caminho para o Botafogo hoje. É difícil gerenciar uma empresa com passivos e criar condições para que sejam feitos investimentos - analisou.

Reunião do Conselho Deliberativo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Na última sexta-feira, o Conselho Deliberativo aprovou que o projeto da Botafogo S/A continuasse por unanimidade, o que não foi nenhum tipo de surpresa para o presidente, que já havia conversado com outros conselheiros anteriormente e visto que a tendência era uma maioridade de opiniões positivas. Agora, o próximo passo é trazer a pauta de clube-empresa para uma Assembleia Geral, que ocorrerá no dia 27 de dezembro, em General Severiano, com os sócios do Botafogo.

- Vou ser sincero, não me surpreendeu. Inclusive, em conversa anterior com um conselheiro ele me perguntou se eu achava que muita gente votaria contra e eu virei para ele e respondi "Olha, pelo o que estou tendo várias pessoas de dentro do clube, tenho a impressão que a probabilidade de ser unânime é muito grande". De fato, se concretizou. É uma sinergia por esse caminho, quase não há divergência. Isso facilita. Claro que existem alguns posicionamentos diferentes, mas o centro da questão é unânime, e acredito que no dia 27 o caminho deve ser referendado por larga margem, é difícil cravar algo com quase 2000 mil sócios ativos - admitiu.

- O Conselho Deliberativo deu a permissão para que o projeto fosse continuado. O segundo passo é referendar isto na Assembleia Geral de sócios. Isso vai dar uma força maior à decisão do Conselho. Para o mercado, é ainda mais importante. Você passa uma imagem para um possível investidor de seriedade e investimento. Feito isto, a sequência natural do projeto, com a liderança do Laércio Paiva, um profissional excepcional, vai continuar com autorização dos sócios para criar a SPE (Sociedade de Propósito Específico) - completou Edson.

MAIS DECLARAÇÕES DE EDSON ALVES JÚNIOR:

A Assembleia Geral é o passo final para o clube-empresa?
- Não digo que é o passo final, é mais um passo. Podem ter outros passos. É um projeto complexo. Nunca foi feito isso no Brasil. Pode ser que o Conselho seja acionado novamente. Isso depende das negociações com os investidores e de como foram feitas as conversas com a empresa que vai gerir o futebol. Esse é o segundo passo. A partir dele, você, de fato, abre o caminho para que haja a criação desse fundo de investimentos. É um pré-requisito fundamental.

Qual será o formato de votação adotado no dia 27?
- A votação é exatamente quando temos eleição para presidente no clube. A diferença é que uma eleição Ordinária, e esta é Extraordinária. Os sócios quites com pelo menos um ano de admissão no quadro social terão direito a voto. Sócios contribuintes, proprietários, estatutários-torcedores, titulados. Sócios-torcedores (plano Sou Botafogo) não possuem este direito. De 9h às 21h, o sócio pode se dirigir à sede e vai receber uma cédula, onde vai ter a opção para referendar na urna "sim" ou "não". Encerramos a votação e, no máximo, em uma hora já damos o resultado da Assembleia Geral.

Qual a importância do sócio ir até General Severiano e votar?
- É importante para mostrar a força do quadro social do clube. Para que o mercado olhe para o Botafogo com a grandeza que ele deve ser encarado. Sei que é difícil ter um quórum alto nessa época do ano, mas não tivemos outra alternativa. Muita gente viaja, mas não podemos esperar muito. Precisávamos dar esse passo até o fim do ano. O sócio precisa ter certeza que tem condição de votar. Se não tiver, é preciso entrar em contato com a central de relacionamento do clube pelo menos até a segunda-feira para resolver as pendências.

Se a S/A for aprovada, deverá acontecer alguma mudança no Estatuto?
- Hoje ainda não tenho essa resposta. É possível que sim, não sei dizer exatamente. Vai depender dos caminhos que forem escolhidos. No momento, isto não é necessário. Agora, com as ações que estão sendo tomadas, você pode trabalhar dentro daquilo que o Estatuto do clube prevê sem problema nenhum. Lá na frente, se houver a necessidade de uma alteração estatutária, vai haver essa demanda ao Conselho Deliberativo.

O investidor majoritário poderá fazer o que bem entender com o clube?
- Vão ter algumas métricas. O investidor majoritário vai decidir quem vai ser o CEO do clube, os administradores, mas algumas premissas vão ser colocadas quando a SPE for colocada. Isso foi explicado na reunião do Conselho. A preservação da marca do clube, nada disso será modificado, é o que está valendo. Vão haver limites.