Meu Fogão

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

​Titular ou reserva, Jeffinho se torna diamante do Botafogo e tem chave para a evolução

Jovem de 22 anos perdeu vaga de titular após dez jogos, mas foi destaque do Botafogo na vitória sobre o Goiás; Luís Castro explica fenômeno de tratar com garotos

Jeffinho em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Escrito por

Oscilações são normais - e até mesmo comuns - na carreira de um jovem jogador. Jeffinho, de 22 anos, vive um contexto praticamente atípico. Há seis meses, estava disputando o Campeonato Carioca com o Resende. Hoje, é um dos principais jogadores do Botafogo em um ambicioso projeto de SAF.

+ Marçal, do Botafogo, se vê com potencial de ser convocado: 'Eu faria a Seleção Brasileira jogar melhor'

Com um gol e quatro assistências no Brasileirão, o camisa 47 foi posto no banco de reservas após dez jogos seguidos como titular na equipe comandada por Luís Castro. Ele entrou aos 10 minutos do segundo tempo contra o Goiás, na última quarta-feira, e mudou o jogo: foi dele o passe para o gol de Del Piage, que decretou a vitória por 1 a 0 do Glorioso.

Do drible desconcertante à puxada típica do futebol de rua, Jeffinho ainda tem o que melhorar, mas é inegável que se tornou um protagonista do Botafogo. De qualquer forma, Luís Castro havia explicado outrora que é preciso ter calma com jovens jogadores com potencial, mas voltou a tocar no assunto.

- Já abordei o tema da problemática dos jogadores jovens. Os jogadores jovens existem para nós fazermos progredirem ao máximo e colocarmos eles no patamar máximo de rendimento. É muito perigoso o jogador muito jovem sentir que conquistou tudo aquilo que já tinha a conquistar... E o Jeffinho sentiu que ainda há muita coisa a trabalhar e vai continuar a progredir. Parabéns ao Jeffinho e por toda a equipe - afirmou o português após a vitória contra o Goiás.

+ Carli abre mão de parte dos valores, e Botafogo fecha acordo para quitar dívida

A paciência é chave para Jeffinho ter a liberdade de não carregar um peso nas costas. Quantos jovens talentosos já foram jogados de lado por trazerem um peso de "ter que resolver" nas costas? É um menino de 22 anos que até pouco tempo atrás estava em um contexto de pouca pressão, afinal de contas. E Luís Castro sabe disso.

O garoto já faz a diferença em um time que investiu mais de R$ 50 milhões em contratações após um pesado aporte financeiro. O futebol, porém, carrega um estigma passional que nem sempre dá o tempo necessário para jovens se desenvolverem. É muito oito ou oitenta. Mas nem sempre dá para voltar atrás e recuperar a carreira de um menino que já teve potencial.

- Jeffinho ficou de fora (do time titular) porque o Victor Sá ao longo da semana tem feito muito bem o seu trabalho diário e foi muito bom no último jogo. O Júnior também tinha ido muito bem, e apesar de ao longo da semana não ter trabalhado conosco por dois dias por uma lesão, a coisa não foi longa e ele mostrou que estava bem. Foram bem no jogo e foram bem durante a semana, jogaram de uma forma natural - explicou Luís Castro.

+ Del Piage vive 'déjà vu' no Botafogo e volta a ser decisivo em cenário de dificuldade

O português, vale lembrar, foi diretor das categorias de base do Porto-POR por quase dez anos. Por lá, tratou de jovens jogadores entre as categorias sub-11 e sub-20. É um espaço praticamente dominado pelo técnico. Jeffinho, teoricamente, está em boas mãos para ter o espaço necessário para se preocupar com aquilo que precisa se preocupar: jogar futebol.