Aqui é Galo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Com problemas cardíacos, volante Adílson abandona o futebol

O jogador do Atlético-MG se pronunciou na tarde desta sexta-feira, 12 de julho, comunicando que abandonará o futebol por questões de saúde

Adílson falou ao lado do médico do Galo, Rodrigo Lasmar e do diretor de futebol , Rui Costa, sobre o seu abandono precoce do futebol-(Reprodução)
Escrito por

Após a veiculação da notícia do abandono do volante Adílson do futebol por problemas de saúde, o volante, de 32 anos, anunciou, na tarde desta sexta-feira, 12 de julho, na Cidade do Galo, a sua aposentadoria precoce do futebol. Em entrevista coletiva, o jogador,ao lado de Rodrigo Lasmar, médico do clube, e Rui Costa, diretor de futebol, confirmou que terá de deixar o esporte pela descoberta de problemas cardíacos.

Adílson estava afastado dos treinamentos do clube desde a semana passada, quando foi liberado para resolver questões particulares. O elenco de alvinegro e o cardiologista do clube, Haroldo Aleixo, também estavam presentes na fala do jogador sobre o seu afastamento definitivo dos campos.


Haroldo Aleixo explicou qual é a doença no coração que vai impedir de Adílson seguir como jogador de futebol.

-Fizemos uma avaliação na intertemporada que caracterizou uma cardiomiopatia, uma doença cardíaca que o impede de seguir como atleta profissional de futebol-disse.

O médico falou como foi decidido aconselhar o término da vida de atleta do volante atleticano e como serão os próximos passos na vida de Adílson.

-A partir desse momento, nossos primeiros cuidados foram discutir com outros dois médicos sobre diagnóstico e conduta. Houve uma unanimidade em relação à conduta, definir por abreviar a continuidade da carreira do Adilson como atleta de futebol- explicou.

O cardiologista contou como a doença foi encontrada no jogador:

-O atleta passa por algumas avaliações protocolares estabelecidas na literatura internacional. Isso foi feito desde o início, porém o Adilson tinha algumas características específicas que nos faziam ter um cuidado especial em monitorá-lo. Essas baterias de exames são refeitas periodicamente, conforme determinado pela literatura médica da cardiologia do esporte. Dentro dessas várias baterias de exames, em todas elas, menos na última, o que se constatou é que ele estava perfeitamente apto para a prática do futebol, sem riscos. Nessa última avaliação, identificamos a cardiomiopatia hipertrófica, que o impede de seguir jogando com segurança.

Adilson estava emocionado e agradeceu ao grupo de jogadores e ao clube pelo apoio, ressaltando que não apareceu nenhum sintoma da doença.

-Eu não preparei nada em especial. Vim aqui agradecer todo o apoio, todo o suporte do departamento médico, do presidente. Agradecer essa rapaziada que está aqui. É isso o que nos fortalece. Eu agradeço todos vocês por tudo o que vocês têm feito. Não só por este momento, mas por tudo o que passamos pelos últimos anos. A relação comigo foi sempre de muito respeito e apoio- disse Adílson, que pode ter um cargo no clube, ainda não definido.

Adilson está no Atlético-MG desde 2017, vindo do Terek Grozny, da Rússia. O volante já fez 99 jogos com a camisa alvinegra, disputou 99 e marcou dois gols. Em 2018, teve o seu contrato renovado até o fim de 2021. Ele começou sua carreira no futebol no Grêmio, em 2007, ficando entre 2007 e 2010, jogando 165 vezes pelo Tricolor Gaúcho antes de se transferir para o futebol russo, em 2011, onde permaneceu até 2017.

O que é a Cardiomiopatia hipertrófica?

Cardiomiopatia hipertrófica ou miocardiopatia hipertrófica é uma doença do músculo cardíaco na qual uma porção do miocárdio (músculo do coração) está hipertrofiada (mais grosso) sem nenhuma causa óbvia, criando uma deficiência funcional do músculo cardíaco, o que pode causar arritmia ventriculares em jovens atletas, podendo causar desmaios, infarto do miocárdio e morte súbita.