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Especialistas debatem sobre os estaduais no Brasil em webinar do L!; sugestão de Série E é levantada

Ao lado do secretário geral adjunto da Associação das Ligas Europeias, Pedro Trengrouse e Carlos Alberto Vieira discutiram sobre a inatividade de diversos clubes ao longo do ano 

Webinar trouxe o italiano Alberto Colombo, Pedro Trengrouse e Carlos Alberto Vieira (Reprodução/YouTube)
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Nesta terça, a Academia LANCE! recebeu o italiano Alberto Colombo, secretário geral adjunto da Associação das Ligas Europeias (European Leagues), que explicou a importância da criação de uma liga profissional. No entanto, durante a live, o advogado Pedro Trengrouse e Carlos Alberto Vieira, editor e colunista do LANCE!, debateram sobre o atual modelo dos Campeonatos Estaduais no Brasil. 

Para ambos, é necessário mudanças no futebol brasileiro, e tudo passa pela criação de uma liga forte e estruturada. Contudo, o Brasil é um país com dimensões continentais e durante o ano, muitos clubes jogam apenas quatro meses e  ficam em um longo período de inatividade, o que evidencia problemas ainda maiores. 

- O Brasil tem hoje um pouco menos de 800 clubes inscritos na CBF. Dos quais quase 90% só jogam os estaduais, e então só jogam quatro meses no ano. Aliás é bom que se diga que nas séries A e B do Brasileiro, a gente tem menos da metade dos estados, são 10 estados que tem times nesses campeonatos, de 27 em todo o Brasil - apontou Pedro Trengrouse.

- Eu coloco esses números para reflexão para dizer que o Campeonato Estadual é a única possibilidade de atividade para a base da pirâmide do futebol brasileiro. Porque não dá para imaginar um clube de menor poder aquisitivo jogando de ponta a ponta do Brasil, em um país continental. Então, a atividade local é fundamental para garantir a base da pirâmide do futebol brasileiro - frisou. 


Além disso, o coordenador acadêmico do programa FGV/FIFA/CIES em Gestão de Esporte, também destacou que é preciso observar de maneira diferente os estaduais, e usou exemplo de países da Europa, em que clubes são empresas e os times menores possuem atividade durante o ano todo.

- Por exemplo, na França tem 12 mil clubes, a Inglaterra tem 9 mil clubes. A base tem atividade o ano inteiro. Ajudam na formação dos jogadores, na massificação do esporte. A gente tem que lembrar dessa base, que são os invisíveis, que não passam na TV e poderiam ser fomentados se as federações não estivessem vinculadas nesse calendário do Brasileirão que não é inclusivo - declarou.

O editor e colunista do LANCE!, Carlos Alberto Vieira, defendeu uma regionalização, fazendo com que esses times possam subir de divisão, e ter atividade durante o ano todo, não limitando-se apenas aos estaduais. Outro ponto é a criação de novas divisões, como uma possível série E do Campeonato Brasileiro. 

- É importante ter uma regionalização, a criação de uma série E , pode ser. Colocar esses clubes dos estaduais, em uma regionalização, mas que deem direitos a eles a subirem de divisão. Como acontece na Europa, a Inglaterra têm 9 divisões, se eu não me engano. Vários campeonatos, em várias divisões, embora algumas amadoras, dão possibilidade dos clubes ascenderem - exemplificou.

- Os estaduais no Brasil deveriam ser minimizados para que priorizasse uma competição nacional mais fortalecida. O que vejo desses campeonatos é que são deficitários, muitos são inchados com 20 ou 16 clubes. Ficam tremendamente fora da realidade. Tem que haver um estadual minimizado para que os clubes deses estados possam ter a possibilidade de competição, mas priorizando os Campeonatos Nacionais. 

Confira a agenda dos próximos seminários

13/08 - Fábio Coelho, vice-presidente do Google Inc. e presidente do Google Brasil
18/08 - Pedro Paulo, deputado federal, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol
01/09 - Guilherme Ribenboim, vice-presidente global de operações do Twitter