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Futuro de Sarah Menezes no judô depende do resultado na Rio-2016

Técnico não sabe se a atleta seguirá lutando caso fature o histórico bi olímpico em agosto. A princípio, plano é mudança para a categoria até 52kg. Ele afirma que tentará estimulá-la

Sarah Menezes posa para selfie com o técnico Expedito Falcão, parceiro desde 1999 (Foto: Reprodução/Facebook)
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Única mulher brasileira no judô a se sagrar campeã olímpica, Sarah Menezes precisará encontrar nova motivação para seguir nos tatames caso consiga alcançar o bicampeonato no Rio de Janeiro. É o que afirma o técnico pessoal da atleta, Expedido Falcão, em entrevista ao LANCE!.

Pela categoria até 48kg, ela disputa a medalha no dia 6 de agosto, na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico. O evento será decisivo na definição do futuro da piauiense, que precisou de uma força-tarefa montada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para retomar o foco no ciclo atual, após um período de relaxamento.

– Se a Sarah levar o ouro no Rio, não sei como será o futuro, se ela continua ou não lutando. Temos de ver se irá se aposentar ou tirar umas férias. Ela entraria para a história como a única brasileira bicampeã olímpica no individual. Se for medalhista, mas não de ouro, vai para Tóquio (JAP) e, com certeza, muda de peso (até 52kg). Mas é outro desafio, outras adversárias e outra realidade. Será preciso estimulá-la a voltar a competir – afirmou Expedito.

O técnico e os dirigentes da modalidade afirmam que o período de baixa de Sarah, entre 2014 e 2015, é considerado normal. Para uma menina tímida, que nunca havia saído de Teresina, onde começou a lutar aos nove anos e fez da brincadeira um meio de vida, o deslumbramento com viagens, patrocínios e eventos sociais após o ouro na Inglaterra não poderia ter efeito diferente.

– Ela é uma atleta disciplinada, mas fraqueja como qualquer um. Tem um churrasco ali, outro aqui. Houve nuances que não a permitiram uma situação favorável. Esteve instável e viveu momentos difíceis – afirmou o gestor de alto rendimento da confederação, Ney Wilson.


Em 2015, a CBJ não convocou a judoca para os Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN). Ela passou todo o período do torneio concentrada nos treinos e longe dos holofotes, em uma época em que os seus maus resultados já haviam acendido o sinal de alerta dentro da entidade.

Expedito, que chegou a se afastar do dia a dia de Sarah para "deixá-la viver" após a glória olímpica há quatro anos, foi acionado novamente. Desde então, voltou a monitorar a joia, em trabalho conjunto com a japonesa Yuko Fujii, assistente da confederação, e de toda a equipe multidisciplinar da CBJ.

Em julho do ano passado, a atleta deixou a capital piauiense rumo ao Rio, a conselho de Wilson. Era a saída visando à retomada da concentração. Falcão permaneceu no Norte, mas manteve contato diário, por Whatsapp e telefone.

– Depois de Londres, ela me perguntou: “Vai parar de encher meu saco?” Eu disse: “Não. O japonês Tadahiro Nomura (até 60kg) é tricampeão olímpico. Quando você for que nem ele, eu paro” (risos). Ela é um talento acima da média. Eu tenho de criar metas – diz Falcão.