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Forças Armadas projetam estender suporte a atletas olímpicos após 2016

Com 227 esportistas de ponta, Marinha mantém meta de longo prazo no incentivo ao alto rendimento e à formação de base. Dueto do nado sincronizado é incorporado<br>

Marinha cumprimenta medalhistas e incorpora atletas (foto: Jonas Moura)
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O apoio que as Forças Armadas vêm oferecendo aos atletas brasileiros de alto rendimento não será restrito aos Jogos Olímpicos Rio-2016. O Ministério da Defesa já prevê a manutenção dos investimentos, que incluem salários, assistência médica e estrutura de preparação, para a edição de Tóquio (JAP), em 2020.

Por meio do Programa Atletas de Alto Rendimento, a pasta, em parceria com o Ministério do Esporte, tem o objetivo de tornar o Brasil uma potência olímpica. O trabalho acontece em duas frentes: captação de atletas na base e apoio a esportistas de expressão, que podem utilizar os centros de treinamento de Exército, Marinha e Aeronáutica. O salário gira em torno de R$ 3.200 para 3º sargento temporário.

Para tanto, os ingressantes precisam ser aprovados numa seleção publicada em edital. O vínculo na maioria dos casos tem limite de oito anos. Em contrapartida, eles representam as Forças Armadas em competições nacionais e internacionais. As medalhas conquistadas se convertem em pontos no processo de preenchimento de vagas.

Só na modernização de instalações, o governo federal já investiu mais de R$ 120 milhões. No caso da Marinha, que atualmente conta com 227 atletas de ponta, R$ 19,5 milhões serão repassados até os Jogos para reforma de quadras, piscinas e academias.

– Temos tido muitas conversas com o Ministério do Esporte e com as confederações, e a ideia é de longo prazo. Não estamos trabalhando só para 2016, mas para 2020. Acreditamos que o futuro do esporte está na base – disse ao LANCE! o Almirante Carlos Chagas, comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) da Marinha.

A meta do Brasil é de que 100 atletas militares de alto rendimento disputem a Rio-2016 e conquistem 50% das medalhas da delegação. Com isso, as Forças Armadas saltariam de cinco láureas de um total de 17, obtidas nos Jogos de Londres (ING)-2012, para 10. Na última edição, 51 competidores eram militares.

– Talvez incorporemos novos atletas, mas o plano de trabalho prevê duas por ano. Acabamos de fazer uma, mas não tenho dúvida de que se pudermos ajudar mais algum atleta a disputar os Jogos estaremos sempre prontos – disse o Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha do Brasil, presente em cerimônia de incorporação de novos atletas nesta quarta-feira, no Cefan.

Neste ano, os atletas militares foram responsáveis por 48% das 141 medalhas obtidas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN). Foram 67, sendo 20 de ouro, 18 de prata e 29 de bronze. O país ainda ficou em segundo lugar nos Jogos Mundiais Militares da Coreia.

– O Programa olímpico mudou o esporte da Marinha. A disseminação das atividades esportivas é algo relativamente novo, e as Forças Armadas estão dando a sua contribuição. É um projeto bem sucedido, extremamente barato e que nos ensina em gestão e governança. É um desafio belo – falou o comandante.

Dueto do nado sincronizado é incorporado

Em cerimônia nesta quarta-feira no Cefan, no Rio de Janeiro, as brasileiras Maria Eduarda Miccuci e Luísa Borges foram incorporadas ao Programa Olímpico da Marinha (Prolim). As atletas do nado sincronizado receberam a farda de 3 sargento e se tornaram pioneiras na modalidade a ingressar na carreira militar.

O dueto passou 45 dias em um curso de formação, que incluiu acampamento na Mata Atlântica, aulas teóricas e exercícios práticos.

A modalidade não constou na última edição dos Jogos Mundiais Militares, realizados na Coreia do Sul.

– O programa só irá somar na nossa preparação. A Marinha nos dará um auxílio em fisioterapia e biomecânica, na estrutura de piscina e musculação – disse Luisa, de 19 anos.

As duas treinam no Parque Aquático Maria Lenk, em torno de sete horas por dia, e já estão classificadas para a Olimpíada do Rio. Embora não vejam problemas na preparação no local, elas acreditam que ter uma opção a mais trará vantagens.

– Teremos outra piscina, assistência médica e toda a parte dos estudos biomecânicos que não tínhamos. Vai nos ajudar – afirmou Duda, de 18.