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Eles têm vaga garantida na Rio-2016, estão se preparando para as provas mas não irão competir

Nelson Ilha e Cláudio Buckup estão nesta semana na 43ª Semana de Vela de Ilhabela e representarão o Brasil no quadro de árbitros da modalidade na Olimpíada

Árbitros que vão para a Rio-2016 estiveram na 43ª Semana de Vela de Ilhabela(Foto: Eduardo Grigaitis/Fotop)
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Experiência em competições internacionais eles têm de sobra e por isso garantiram uma vaga para participar dos Jogos Rio-2016. Faltando menos de um mês para o evento, eles têm dedicado boa parte de seu tempo para se preparar para as provas olímpicas e poderão fazer a diferença no quadro de medalhas para o Brasil. Mas Nelson Ilha e Cláudio Buckup não subirão ao pódio olímpico mesmo sendo impecáveis em suas atuações. É que os brasileiros representarão o país no quadro de árbitros da vela, vaga que chega a ser mais difícil que um índice olímpico.

Em sua sexta Olimpíada seguida, Ilha será um dos 24 juízes selecionados para a competição, sendo cada um deles escolhidos ‘a dedo’ pela Federação Internacional da modalidade para representar todos os continentes e diferentes línguas e etnias.

- Além de diversificar a representação dos países, essa escolha ocorre justamente para não ter nenhum tipo de influência ou ligação com os organizadores ou competidores. E tive a honra de ser chamado para todos os Jogos Olímpicos desde 1996, em Atlanta – afirma ele, que na 43ª Semana de Vela em Ilhabela participou como velejador e vê a prática do esporte como um complemento para sua atividade árbitro.

- O fato de ser velejador dá um respeito maior pois me deixa em um patamar diferente de outros árbitros e mais próximo do nível dos atletas – comenta Ilha.

"Tive a honra de ser chamado para todas as Olimpíadas desde 1996, em Atlanta", Nelson Ilha, juiz brasileiro que irá aos Jogos Rio-2016

Já Buckup tem quase 30 anos de experiência na área mas a Olimpíada do Rio será o seu primeiro evento olímpico. Ele chega aos Jogos como indicado da Confederação Brasileira de Vela (CBV) e terá uma atuação diferente de Ilha, já que ele é um gerente de prova. Enquanto um estará sempre próximo dos competidores e atento às manobras para punir atletas que infringiram as regras, o outro atua mais na logística da competição.

- Sou um gerente de regata, que é quem dá a partida, coloca as boias, monta o percurso e dá a chegada. É como um diretor de prova no automobilismo – explica Buckup, que tem se preparado para a Rio-2016 desde o início do ano.

Segundo ele, cinco eventos ocorridos nos últimos meses “foram essenciais para o aprimoramento para a Olimpíada”: os dois eventos-testes para os Jogos e mais três semanas de vela realizadas com o apoio da CBV, todos eles realizados na Baía de Guanabara, local da prova na Rio-2016. A preparação ainda abrangeu três seminários voltados ao evento olímpico e só será encerrada às vésperas da disputa no Rio, já que haverá simulações de prova por dois ou três dias antes do início da Olimpíada.

- Desde os eventos-testes tenho estudado uma documentação com instruções técnicas que foi entregue pela Federação Internacional pois há uma diferença de políticas entre uma Olimpíada e os campeonatos nacionais e internacionais que estamos acostumados – afirmou Buckup.

Já para os juízes que fiscalizam os competidores, como é o caso de Nelson Ilha, as regras sofrem avaliadas e eventualmente alteradas a cada ciclo olímpico. As novas normas para a modalidade, que passarão a valer a partir de janeiro de 2017, já foram entregues aos profissionais, mas Ilha nem abriu os documentos.

- Já tenho até uma demanda para atualizar o material para as palestras e cursos que participo pelo mundo mas só vou olhar isso quando os Jogos acabarem para não ter nenhuma confusão com as regras que serão utilizadas na Rio-2016 – declarou o juíz brasileiro.

Ilha diz que sabe do peso de sua decisão em uma competição, podendo até tirar uma medalha de um atleta brasileiro em plena Rio-2016. Entretanto, aponta a experiência que tem na profissão para estar tranquilo em atuar independente de quem for prejudicado.

- A responsabilidade é a mesma, independente do país do atleta. Não há nenhuma diferença para nós que trabalhamos na área há tanto tempo. É claro que tomamos o máximo de cuidado possível para não tomar nenhuma decisão precipitada, mas essa é nossa tarefa – concluiu Ilha.