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Jogos Olímpicos de Paris: a um ano para o início, cerimônia de abertura é a grande preocupação

Evento será realizado fora do estádio olímpico, ao longo do rio Sena, fato inédito desde as Olimpíadas de Atenas, em 1896

Em uma rua de Paris (França), ciclista passa ao lado de um anúncio dos Jogos Olímpicos (Foto: André Fontenelle)
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O rio Sena foi o centro das atenções na festa de início da contagem regressiva de um ano para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Nesta quarta-feira (26), faltam exatos 366 dias para a cerimônia de abertura do evento, que, rompendo com a tradição, não ocorrerá em um estádio, e sim ao longo do rio que atravessa a capital da França. Mas as dúvidas ainda são muitas a respeito.

Já se conhecem as informações principais sobre a cerimônia. O desfile das delegações será feito em mais de 170 barcos, que percorrerão o trecho urbano do rio até o pé da Torre Eiffel, diante de cerca de 500 mil espectadores presenciais e mais de 1,5 bilhão de pessoas pela TV e internet.

O problema são os detalhes. A começar pela segurança do evento. Calcula-se que serão necessários mais de 35 mil agentes de segurança para policiar a extensa área da cerimônia e evitar a ameaça terrorista. Isso exigirá recrutar milhares de pessoas como reforço, pois simplesmente não haveria, hoje, número suficiente de policiais e seguranças. Especula-se que o Exército será chamado para reforçar esse dispositivo, algo que não causaria espanto no Brasil, mas que é inédito na França.

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Outras questões ainda não resolvidas têm a ver com a quantidade de ingressos pagos (90 a 100 mil, na estimativa atual) e o número de pessoas que terão permissão para assistir gratuitamente à procissão fluvial, ao longo do Sena (400 a 500 mil).

Um ensaio técnico da cerimônia foi realizado no último dia 17 de julho, com mais de 50 barcos. Porém, o próprio presidente do Comitê Organizador, o ex-campeão olímpico de canoagem Tony Estanguet, reconheceu que ainda é preciso fazer novas simulações, e ainda não se sabe exatamente como realizá-las sem atrapalhar as atividades cotidianas no Sena, como os passeios turísticos e o transporte de mercadorias.

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Apesar de todas essas dúvidas e do receio de um atentado, os organizadores garantem que não existe Plano B (que consistiria em fazer a cerimônia "à moda antiga", no Stade de France). Como prova disso, Paris-2024 realizou em um barco a festa de apresentação da tocha olímpica, nesta terça, com a presença do tricampeão olímpico dos 100 e 200 metros, o jamaicano Usain Bolt. Também foi inaugurado um relógio com a contagem regressiva para a abertura, na beira do rio e embaixo da Torre Eiffel.

Até Astérix entrou no clima fluvial: na capa do L'Équipe, principal jornal esportivo do país, o herói francês das histórias em quadrinhos e seu fiel escudeiro Obélix já aparecem na beira do Sena, comemorando os Jogos Olímpicos em Paris - ou melhor, Lutécia, como era chamada a atual capital da França na época do Império Romano, em que se situam os quadrinhos de Astérix.