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L! analisa os concorrentes de Neymar na ‘eleição’ do melhor pós-Pelé

Ronaldo, Romário, Zico, Ronaldinho Gaúcho... Em entrevista ao L!, os jornalistas Fernando Kallás, do 'As' e Breiller Pires, do 'El País' analisam quem seria o melhor discípulo do Rei

Ronaldo, Zico, Ronaldinho Gaúcho e Romário foram mais avaliados pela torcida brasileira do que Neymar
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Uma polêmica tomou conta do noticiário esportivo na última semana: Neymar ter sido eleito, pela revista "Placar", o melhor jogador brasileiro pós-Pelé. A eleição dividiu boa parte dos torcedores, que apontam nomes como Ronaldo, Romário, Zico e Ronaldinho Gaúcho como mais capacitados para tal nomeação. O L! ouviu os jornalistas Fernando Kallas, do jornal "As" e Breiller Pires, do "El País" para traçar uma análise dos principais concorrentes do craque do PSG na disputa.

O Baixinho
Campeão como protagonista da Copa do Mundo 1994 e eleito melhor jogador do mundo no mesmo ano, Romário marcou mais de 1.000 gols e foi ídolo de clubes como PSV, Barcelona, Flamengo e Vasco. Neymar, porém, já superou o Baixinho em número de gols pela Seleção Brasileira (60 x 56), mas não no imaginário popular dos torcedores.

- Para mim o maior pós-Pelé é o Romário. Por ter sido o cara da Copa de 1994, Romário se sobrepôs ao outros, em um grupo muito forte. A figura dele é indiscutível. Ele conquistou menos que o Neymar, mas a imagem dele como um definidor, que resolvia o jogo na hora certa, ficou marcado - disse Breiller

Romário macou 53 gols em 84 jogos pelo Barcelona (Foto: Reprodução)

O Fenômeno
Ronaldo superou as adversidades físicas e ganhou o apelido de "Fenômeno". Dentro de campo, encantou o mundo com sua técnica e habilidade. Foi duas vezes campeão do mundo: em 1994, como reserva, e em 2002, como protagonista, ao lado de Rivaldo, além de ter sido eleito três vezes melhor do mundo (1996, 1997 e 2002).

- Ronaldo ganhou Copa, foi eleito Melhor do Mundo, triunfou em times gigantes da Europa. (É o maior) Pelo nível dele, durante toda carreira, mesmo tendo passado por contusões terríveis e por sua importância em 2002. Romário podia ter sido esse jogador, mas decidiu voltar ao Brasil e deixou a Europa no auge - pontua Kallás

O Bruxo
Ronaldinho Gaúcho pela magia e dribles, talvez, tenha incorporado mais Garrincha do que Pelé, mas também foi apontado como herdeiro do Rei. Assim como Neymar, na Europa, vestiu a camisa de Barcelona e PSG, além da do Milan. Fez parte do Penta (2002) e venceu tanto a Liga dos Campeões (Barça, 2006) quanto a Libertadores (Atlético-MG, 2013), assim como Neymar.

- O melhor jogador que eu vi em uma temporada foi o Ronaldinho, em 2006, aqui na Espanha, que foi impressionante. Mas se é para falar em conjunto da obra, nenhum brasileiro depois do Pelé, teve a carreira do Ronaldo Fenômeno - comenta Fernando Kallás

O Galinho de Quintino
Zico não venceu nenhuma Copa (foi eliminado em 1978, 1982 e 1986), mas foi um dos maiores representantes do futebol brasileiro nos anos 1980, além de ser símbolo do Flamengo, clube em que ganhou Mundial e Libertadores (1981), além de quatro Campeonatos Brasileiros. É também o maior artilheiro da história do Maracanã (334 gols) e um dos percussores do futebol no Japão. 

Zico em ação pela Copa de 1982 (Foto: Reprodução)

- Falta ao Neymar uma conquista com o PSG de uma Champions, sendo o protagonista, jogando com a Seleção Brasileira. Falta foco para que ele seja o melhor indiscutivelmente, levando-se em conta outros aspectos. Tecnicamente, ele está em um patamar que não é pecado disputar com Ronaldo, Romário, Zico, Rivaldo. O que falta é a cereja do bolo, um protagonismo maior - compara Breiller, que também apontou Reinaldo, ex-Atlético-MG, como um dos favoritos a sucessor de Pelé

Por fim, por que não Neymar?
Em enquete feita no Instagram do LANCE!, a maioria dos torcedores rejeitaram Neymar. As críticas em torno do jogador vem desde cedo: o comportamento infantil, a superexposição midiática e as simulações de faltas parecem sobrepor o talento destilado em campo. A rejeição pode ser fruto da construção de sua personalidade do que propriamente do futebol desenvolvido.

- Essa personalidade controversa dele é inserida em uma lógica de um futebol mercantilista. Neymar desde os 11, 13 anos é tratado como um produto. As avaliações a ele acabam sendo muito intensas: "Ou é gênio ou irresponsável". Ronaldo e Ronaldinho, passaram por um processo de menos exposição que o Neymar: eles foram ter uma superexposição de sua vida, mais tarde. Essa discussão mostrou como a figura de Neymar acaba prejudicando a avaliação em cima do seu futebol - finaliza Breiller

*sob a supervisão de Fabio Storino