O narrador Luís Roberto alfinetou a atuação do árbitro Piero Maza durante a classificação do Flamengo para a grande final da Libertadores, nesta quarta-feira (29), contra o Racing. A expectativa dele é de que a arbitragem de Wilmar Roldán, na partida entre Palmeiras x LDU, nesta quinta-feira (30), não seja tão enrolada quanto a do chileno.
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- Que amanhã, em Palmeiras x LDU, a gente tenha no Wilmar Roldán um juiz que não seja tão enrolado quanto o Piero Maza - disse Luis Roberto.
Durante a segunda etapa, a atuação do árbitro chileno foi bastante constestada pelos rubro-negros. Logo aos 10 minutos, Piero Maza expulsou o atacante Gonzalo Plata, após acertar a perna do zagueiro Marcos Rojo. A decisão, no entanto, revoltou os jogadores e a comissão técnica do Flamengo.
Apesar da decisão da arbitragem, o Flamengo segurou o empate contra o Racing e garantiu a classificação para a grande final da Libertadores. A equipe comandada por Filipe Luís aguarda o vencedor de Palmeiras x LDU, nesta quinta-feira (30), às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque.
Veja como foi a classificação do Flamengo contra o Racing
Texto por: Lucas Bayer e Maurício Luz
O primeiro tempo no Estádio El Cilindro foi marcado por intensidade e equilíbrio, com momentos de domínio alternado entre Racing e Flamengo. Os argentinos começaram mais agressivos, buscando o ataque com bolas longas desde a defesa e tentando explorar a segunda bola próxima à área rubro-negra. Em uma dessas investidas, Conechny obrigou Rossi a fazer grande defesa após cabeçada firme.
A equipe brasileira ajustou a marcação e passou a responder em transições rápidas, especialmente pelos lados, com Carrascal e Luiz Araújo. O camisa 7 foi o principal responsável pelas finalizações do time, levando perigo em dois chutes de fora da área que exigiram boas intervenções do goleiro Cambeses.
A partir da metade da etapa, o Racing passou a controlar mais as ações ofensivas. Utilizando Rojas e Mura abertos, o time argentino insistiu em cruzamentos e bolas levantadas na área, apostando no jogo aéreo como principal alternativa. A dupla Alex Sandro e Léo Pereira teve papel importante na sustentação defensiva, cortando várias investidas pelo alto.
O Flamengo respondeu em contra-ataques bem articulados, mas pecou na finalização. Varela e Arrascaeta desperdiçaram boas oportunidades em lances consecutivos, parando em defesas seguras de Cambeses. A partida, intensa e truncada em alguns momentos, também foi marcada por forte pressão dos jogadores do Racing sobre a arbitragem, com reclamações constantes a cada dividida ou decisão contrária. Mesmo com o clima tenso e as faltas recorrentes, o árbitro manteve o controle e encerrou o primeiro tempo sem aplicar cartões.
Na volta do intervalo, os donos da casa passaram a empurrar o time brasileiro para trás, dificultando a saída de bola dos visitantes. Com domínio absoluto na posse de bola, La Academia seguiu apostando em cruzamentos e bolas longas.
Se a pressão argentina já era grande, ela só aumentou a partir dos 10 minutos do segundo tempo. No chão, Gonzalo Plata foi puxado por Marcos Rojo e, ao reagir, acertou soco na perna do zagueiro adversário. O árbitro mostrou cartão vermelho para o equatoriano, deixando o Flamengo com um a menos.
Filipe Luís optou por reorganizar o time no 5-3-1, sacando Arrascaeta e Carrascal para as entradas de Danilo e Bruno Henrique. O camisa 27 e Luiz Araújo ficaram resposáveis pelas raras saídas em velocidade, enquanto o Racing dominava a partida e levava perigo em levantamentos na área. Rossi fez grande defesa em cabeçada de Martínez aos 24'.
Sob pressão, Filipe Luís promoveu as entradas de Emerson Royal e Saúl nos lugares de Varela e Luiz Araújo, reforçando a marcação no meio-campo e a altura da defesa. Aos 30', a torcida rubro-negra vibrou quando o árbitro mostrou o cartão vermelho para Rojo por suposta cotovelada em Léo Ortiz, mas o VAR recomendou revisão e a expulsão foi cancelada.
Apesar do controle, o Racing não criava chances claras. O Fla ainda perdeu Jorginho, lesionado, e Evertton Araújo entrou em campo aos 42'. Já nos minutos finais, a melhor chance dos argentinos na partida veio nos pés de Luciano Vietto, carrasco dos brasileiros no Mundial de Clubes em 2023. O atacante bateu sozinho, dentro da área, e parou em defesa de Agustín Rossi, herói da classificação rubro-negra à final da Libertadores.