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Homofobia contra Gil do Vigor segue silenciada no Sport: ‘Nada mudou’

Em maio, Gilberto foi vítima de comentários homofóbicos de dois conselheiros do Sport. Segundo o responsável pelo vazamento dos áudios, 'absolutamente nada mudou'

Gilberto foi atacado por conselheiros após visitar a Ilha do Retiro (Reprodução / Twitter / Anderson Stevens)
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Em maio, áudios vazados do advogado Flávio Koury, conselheiro do Sport, flagraram ataques homofóbicos do cartola contra o ex-BBB Gil do Vigor, torcedor do Leão. A revolta de torcedores - que criaram uma campanha para a demissão do conselheiro - rendeu promessas de punição e a criação de um comitê para avaliar as ofensas. Contudo, o caso ainda segue sem solução.
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Flávio Koury disse que a dança que Gilberto fez em sua visita à Ilha do Retiro era uma "depravação" e que apenas a "veadagem" iria comprar a camisa do clube. Ele ainda recebeu o apoio de outro conselheiro, Renan Valeriano.

No dia 8 de junho, a Comissão de Ética foi instituída para apurar o fato, antes da decisão partir para o plenário. Segundo Romero Albuquerque, conselheiro responsável pela divulgação dos áudios, 'absolutamente nada mudou' nesses dois meses.

- Absolutamente nada andou. Pelo menos não que houvesse transparência. Não vi nenhuma portaria sobre o tema, não vi nenhum debate sobre. Não vejo com bons olhos algo que está sendo demonstrado que não está andando - disse ao 'ge'.

O pedido de expulsão protocolado por Romero foi enviado a Pedro Leonardo Lacerda, presidente do Conselho Deliberativo do Sport. Entretanto, o cartola se afastou do cargo para assumir uma função executiva e provisória após renúncias no interior da cúpula rubro-negra. A alternância de comandos dificultou o decorrer da denúncia.

- Com a renúncia de Milton e a obrigatoriedade do presidente efetivo do Conselho ficar no executivo, essas coisas estão todas paralisadas - afirmou Fernando Pessoa, membro da Comissão de Ética.

De volta ao cargo no Deliberativo, Pedro Leonardo Lacerda disse ao 'ge' que irá acionar o Conselho e buscar uma resolução ao caso.

- Vou submeter ao plenário do Conselho o que aconteceu para que seja discutido um caminho, uma vez que o estatuto do clube não disciplina essa hipótese da comissão não se posicionar no tempo. Não tenho meios de fazer um juízo de valor sobre o trabalho da comissão e tenho certeza que vão trazer a resposta para a questão que está sob julgamento deles - disse.

- Esse é um assunto que eu trouxe para meu colo pessoalmente, me sinto envergonhada com essa historia. O clube sim vai tomar providências. A gente quer que o clube seja um lugar onde as pessoas se sintam em casa. Então acho que essa é a melhor resposta que a gente pode dar nesse momento. Mas vamos tomar as providências legais, queremos que isso vá até o final. Da forma ética e moral, que o clube não seja visto dessa forma - reforça Roberta Negrini, vice-presidente do órgão Diversidade e Impacto Social.