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Entenda as penhoras trabalhistas e como elas prejudicam o Fluminense

Tricolor enfrenta graves problemas financeiros e busca soluções para se desafogar em 2019. LANCE! foi atrás e explica o que são as penhoras que tanto prejudicam o clube

Fluminense sofre com penhoras (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)
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A FluSócio, grupo político do presidente Pedro Abad, publicou um texto, na última segunda-feira, falando sobre as dificuldades de 2018. No primeiro item, citou as penhoras financeiras que o clube vive e o quanto isso impacta no futebol. Mas, o quanto isso interfere? O LANCE! foi atrás e mostra de maneira didática o que é o maior problemas financeiro vivido pelo Fluminense. 

A Procuradoria busca o pagamento de aproximadamente R$ 31 milhões, referentes ao não pagamento de impostos no período 2007-2010. Com isso, 30% de toda receita ordinária que caia na conta do clube era bloqueado. A porcentagem diminuiu para 15% quando a Justiça acatou o pedido do clube. Resumidamente: de todo dinheiro que entra, 15% é bloqueado.

 

Com isso, 85% do valor total restante é o que sobra para o clube. Então, entramos na segunda etapa: as penhoras. Do dinheiro que sobrou, uma parte é retida por determinação judicial, podendo variar de 10% a 100% de acordo com o processo. Ou seja, a fatia que o Fluminense recebe varia de acordo com a determinação da Justiça - podendo até não ver a cor do dinheiro.

 

Atualmente, o Fluminense tem a sua conta com 15 penhoras trabalhistas. Os executores das ações variam entre ex-atletas ou funcionários. O Fluminense acumula cerca de R$ 35 milhões em dívidas somadas com as penhoras. Basicamente, de todo dinheiro que entra, grande parte é retirada para pagamento de dívidas antigas.

 

Em termos práticos, a penhora ocorre automaticamente quando o trâmite financeiro é completo. Esse é o principal motivo para os clubes atrasarem salários. Por exemplo: é possível que o Fluminense durma com R$ 7 milhões no no banco para pagar uma folha salarial de R$ 6 milhões, e acorde com R$ 2 milhões subtraídos devido a penhora, fazendo que não seja possível pagar os funcionários. O sistema usado pela Justiça para a busca e retenção de valores de forma automática é o BacenJud.

 

Após isso, do dinheiro que sobra para entrar no Fluminense, o clube ainda tem que pagar parcelas do ato trabalhista, do Profut e de outras dívidas antigas. O restante é investido no futebol ou no clube. Desde que Pedro Abad assumiu, o Fluminense já teve que pagar mais de R$ 40 milhões em dívidas antigas por meio da Justiça do Trabalho.