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Fluminense cria, mas é vulnerável e erros custam caro em nova derrota

Nenê se destaca, time ajusta posicionamento, mas segue incapaz de melhorar a eficiência nas finalizações após a paralisação do futebol no Brasil

Fluminense foi mal mais uma vez e perdeu a segunda fora de casa (Foto: Divulgação/Twitter/Bragantino)
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Se o futebol sem torcida dá mais equilíbrio aos jogos, o Fluminense ainda não soube aproveitar esse fator. No segundo jogo fora de casa neste Campeonato Brasileiro, mais uma derrota, desta vez por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, pela quarta rodada. Em jogo de posicionamento ajustado pelo técnico Odair Hellmann, o Tricolor criou mais. No entanto, se mostrou vulnerável, pouco eficiente e com uma deficiência técnica preocupante para o andamento da competição.

De acordo com o "SofaScore", o Fluminense teve 48% de posse de bola, um número que ficou mais equilibrado no segundo tempo. Dos 402 passes dados pela equipe, 80 foram errados. Foram quatro finalizações no gol, três para fora e dois chutes travados. Além disso, duas grandes chances foram perdidas e o time perdeu a posse 148 vezes. Essas decisões erradas custam caro ao Tricolor, inclusive no lance que poderia ter sido o pênalti para o Bragantino, que acabou anulado por impedimento na origem.

Esta foi a primeira vez que o Flu levou mais de dois gols em um jogo neste Brasileirão. A terceira após a paralisação. No ano, o goleiro Muriel viu suas redes balançarem mais de uma vez em cinco oportunidades. O arqueiro, inclusive, foi responsável pelo primeiro erro individual do jogo, falhando ao espalmar para frente no gol do Bragantino. No lance que deu a vitória aos donos da casa, Egídio e Dodi perderam a dividida, Igor Julião deixou Luís Phelipe livre para marcar. No pênalti (anulado), Nino tentou sair jogando e deu passe muito forte. Alerrandro pegou a sobra e o próprio zagueiro cometeu a falta quando a bola bateu em seu braço.

Parte boa?

Se é possível tirar algo positivo da partida é o posicionamento de Nenê, melhor do Fluminense em campo e autor do gol - em um belo chute de fora da área. O meia ficou 65 minutos em campo, deu 51 toques na bola e dois passes decisivos. Forram oito cruzamentos e duas bolas longas, além de duas finalizações, um desarme, três duelos ganhos no chão e duas faltas sofridas. Nenê, porém, foi o jogador que mais vezes perdeu a posse de bola, com 19, empatado com Egídio.

Mais parecido com o que aconteceu contra o Internacional, quando ele já deixou a ponta mais vezes para aparecer pelo meio, Nenê ficou bem mais próximo a Evanilson. Por que deu errado? Além da marcação forte e alta do Red Bull Bragantino, o Fluminense sofreu com um jogo de muitos erros de Marcos Paulo, substituído no intervalo, Yuri e Egídio, principalmente. Inclusive, mesmo com o baixo rendimento do meia depois da paralisação, o Flu ainda parece dependente dos brilhos do camisa 77 para vencer.

- Não gosto de individualizar nada, de um jogador para um time. Eu penso que um time de futebol se faz de um grupo forte, qualificado. O Nenê é mais um bom jogador no grupo, temos jogadores de qualidade. Eu confio no grupo, acredito no time. Individualizar só uma situação boa pro Nenê eu não concordo - analisou Odair Hellmann após a partida.

Mesmo depois da entrada de Paulo Henrique Ganso para dar mais poder de criação ao meio-campo, o que se viu foi um time com dificuldade de aproveitar os muitos espaços deixados pelos donos da casa. E quem não faz, acaba levando. Como não conseguiu ser perigoso, o Flu também foi se abrindo cada vez mais para as investidas do Bragantino e acabou sofrendo.

Depois da paralisação, portanto, são cinco derrotas, quatro empates e apenas uma vitória em jogos oficiais para o Fluminense. O time saiu na frente na final da Taça Rio apenas (além de dois 0 a 0 contra Macaé e Botafogo). Em todas as outras partidas precisou buscar o resultado. Na próxima rodada, no sábado, o Flu visita o Athletico-PR na Arena da Baixada, às 16h.