Flapress

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Vice de marketing do Fla fala sobre estratégia: ‘Não é estampar marca e esquecer’

Daniel Orlean conversou com o LANCE! para falar sobre parcerias em meio à crise

Daniel Orlean (à direita) exibe patrocínio da Ohthopride (Divulgação)
Escrito por

Enquanto muitos são afetados pela crise econômica que atinge o Brasil, o Flamengo não tem do que reclamar quando o assunto é patrocinínio. Recentemente, o Rubro-Negro fechou um acordo com a Carabao, que vai render, no mínimo, R$ 190 milhões, ao longo de seis anos. Para falar sobre este e outros assuntos, o LANCE! conversou com o vice-presidente de marketing do clube, Daniel Orlean. Ele explica como o Fla vem fechando bons acordos.

– Existe uma crise no mercado, mas as empresas estão encontrando no Flamengo uma plataforma até para crescer durante a crise, para se tornarem mais conhecidas, a preferência do público. O Flamengo tem a postura de não ser mídia, mas sim de ser um parceiro estratégico – diz Orlan, que costuma mostrar possibilidades de retorno a eventuais investidores.

– Todo o parceiro novo que chega, nós sentamos e vemos onde otimizar o recurso que ele vai trazer, como fazer atividades e mostrar o retorno deste investimento. Não é estampar uma marca na camisa e esquecer. É estampar uma marca na camisa e ver o que isso vai lhe converter em novos franqueados, clientes e contratos. É isso o que fazemos com os nossos parceiros, é mostrar o retorno. Durante um cenário de crise, o parceiro que mostra retorno sai na frente – pondera.

Além da Carabao, o Flamengo contará com outros patrocinadores na camisa neste ano. A Caixa Econômica Federal negocia para renovar o vínculo com o Rubro-Negro agora por R$ 30 milhões. A Yes investe R$ 6 milhões para estampar sua marca na barra do uniforme. Já a MRV fica acima do número, por R$ 7 milhões. A Tim tem seu logotipo estampado dentro dos números, por R$ 4 milhões. Além disso, há o acordo com a Adidas, que rende R$ 37 milhões anualmente, já contando o investimento de R$ 10 milhões em material esportivo. 

Recentemente, o clube fechou investimento com a Orthopride para as categorias base. A Uber terá sua marca divulgada nos treinos do elenco profissional.

BATE-BOLA COM O DIRIGENTE - Daniel Orlean

Pergunta: Haverá projetos de marketing específicos para o Conca?

Daniel Orlean: O melhor projeto de marketing para um atleta é jogar bem, ele se recuperar e jogar bem. O resultado em campo é que viabiliza o marketing de acontecer. Não é fazer um trabalho específico para um atleta, mas sim um trabalho integrado para os atletas. Acreditamos que, com o Conca voltando bem, tenhamos essa plataforma de marketing esportivo funcionando muito bem, é muito mais do que futebol, é paixão, é a visibilidade que o Flamengo tem.

Pergunta: O acordo com a Carabao pegou muita gente de surpresa. Como foi feita esta negociação?

Daniel Orlean: Esta negociação não é resultado de um dia, é de meses de trabalho, dos nossos executivos Fred Luz, Bruno Spindel... Eles se dedicaram muito para trazer esta gestão séria. A Carabao queria entrar no Brasil. Ela procurou agências esportivas, agências de publicidade, consultorias para identificar qual era a melhor plataforma para construir a marca no Brasil. O Flamengo foi citado e foi escolhido pelo parceiro da Carabao para trabalhar junto neste lançamento. Então, foi um trabalho de muitos meses, quase consultivo de venda. Não surpreendeu o Flamengo, pois era um trabalho que vinha sendo feito há três meses. Trata-se de um parceiro de nível internacional, está na Ásia e na Europa. Não foi uma construção do dia para a noite. 

Pergunta: Com muitos patrocinadores fechados para a camisa, como avançar?

Daniel Orlean: Tenho reforçado bastante que a camisa é o principal, mas não é a única coisa. Estamos construindo uma plataforma de marketing no futebol brasileiro. A camisa é um marco forte, mas enxergamos muito além disso. O Flamengo tem um potencial incrível que precisa ser explorado de propriedades de marketing. É um marco, mas não é o objetivo final.

Pergunta: O acordo com a Carabao tem seis anos, muito longo para os padrões do futebol brasileiro. Era o objetivo do Flamengo conseguir um parceiro por tanto tempo assim?

Daniel Orlean: Era um interesse de ambas as partes (contrato longo). Eles têm o objetivo de construir a marca no Brasil e nós temos o objetivo de construir esta plataforma de marketing esportivo no Brasil. Então, um produto novo que chega demora a ganhar atração, não pelo público, mas pela rede de distribuição, vendas... Pensar em curto prazo com a Carabao não era nosso objetivo. O mais inovador não é o prazo, é o fato do Flamengo ganhar junto. Os valores que foram divulgados são da garantia mínima que temos. Vamos construir, ao longo dos anos, uma maneira do Flamengo ganhar junto. A cada latinha vendida, a partir de um determinado patamar, o Flamengo ganha. Quanto mais o produto adotar este produto, mais eles vão investir. A inovação verdadeira é trabalhar em conjunto para que este produto cair no gosto do brasileiro.

Pergunta: O Flamengo está muito próximo de fechar um novo acordo com a Caixa Econômica Federal, agora por R$ 30 milhões. Está otimista?

Daniel Orlean: Falar sobre parceiros em andamento atrapalha. A Caixa é fundamental para o esporte brasileiro, foi viabilizadora de muita coisa, não só para o Flamengo. Temos sentado com a Caixa, e estou otimista. Não dá para falar de valores, são parceiros que gostamos e confiamos, que gostaríamos de continuar trabalhando juntos.