Colunas

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Coluna do Rolim: o que Marcelo Fernandes deixa para Lisca no Santos?

Colunista do L!, Felipe Rolim destaca a transição de treinadores no Peixe

Escrito por

Você abre as redes sociais e fica nítido que a torcida do Santos, pelo menos nos fóruns digitais, não gosta do trabalho do Marcelo Fernandes. No entanto, o interino entrega para Lisca um retrospecto de três vitórias e uma derrota, tendo feito uma média de um gol por jogo e tendo tomado somente um gol nos quatro jogos em que comandou o time.

Quem foi a revelação do 1º turno do Brasileirão 2022? Veja os votos da redação do LANCE!

Lisca, já experiente em pegar o bonde andando, sabe que precisa do choque imediato. E vai além do resultado. O que o santista quer é ver o time jogando bem. Assim, a coluna analisa o Santos que o Lisca irá trabalhar com base no que o time apresentou nos últimos quatro jogos contra Atlético-GO, Corinthians, Avaí e Botafogo.

O esquema tático utilizado em todos os últimos quatro jogos foi o 4-2-3-1. Sempre com Marcos Leonardo de centroavante; com Lucas Braga, Carlos Sanchez, Leo Baptistão, Ângelo e Bruno Oliveira (este no último jogo) se revezando na titularidade da linha de três meias; com Zanocelo, Fernández e Camacho ocupando as duas vagas de volante. A defesa teve Mádson, Maicon (ou Luiz Felipe), Bauermann e Felipe Jonatan. João Paulo no gol é o destaque absoluto.

Como dito acima, o Santos tomou apenas um gol em quatro jogos com Marcelo Fernandes no comando. E foi de pênalti, convertido pelo Avaí. Sinal que há uma boa defesa. Que pode ser por conta do sistema e do treino ou por conta de destaques individuais. Ou um pouco dos dois, que é a resposta para um Santos que não fazia pressão e nem marcação em bloco alto na saída de bola adversária.
Descia em bloco médio com apenas Marcos Leonardo se posicionando entre os zagueiros adversários e com o meia central (normalmente Pato Sánchez) um pouco a frente de duas linhas de quatro jogadores.

Lisca foi apresentado na Vila Belmiro antes do jogo do Santos contra o Botafogo (Foto: Ivan Storti / Santos FC)


Marcelo Fernandes sustentava sua última linha na risca da grande área e mantinha seus dois volantes muito próximos, gerando bloqueios nas finalizações adversárias. As bolas que conseguiam furar o bloqueio paravam em João Paulo, sempre atento, bem posicionado e escolhendo com maestria os lances em que ficava protegendo a meta e os lances nos quais avançava e saía nos pés dos atacantes.

Na fase ofensiva, o melhor do Santos neste período foi a puxada de contra-ataque, explorando a velocidade de Ângelo, Marcos Leonardo, Felipe Jonatan e até de Lucas Braga, que não é um grande driblador, mas tem boas corridas em campo aberto. O Santos foi um time sem uma boa dinâmica contra defesas baixas. Boa dinâmica ou ritmo, aplicado no jogo de futebol, é a variação de velocidade, distância e direção na troca de passes para que não haja a leitura prévia e o balanço prévio da linha defensiva.

Marcelo Fernandes e Lisca - Ivan Storti/Santos FC

O Peixe teve dificuldade para deixar seus homens de lado no um contra um e de conseguir infiltrar, compensando com bons chutes de média distância e bolas alçadas na área adversária. De bom, a ocupação do campo adversário. Saída de bola geralmente a cargo de zagueiros e volantes, laterais ocupando posições avançadas e servindo de apoio, com os quatro homens de frente se aproximando na faixa central ou dobrando com os laterais pelos lados.

Lisca pode e deve melhorar a transição ofensiva e as articulações para o desfecho das jogadas. Costuma trabalhar com ataques mais diretos e com os meias chegando com muita força na área adversária. Marcelo Fernandes, mesmo sem a simpatia da torcida, deixou ótimos números e um jeito de jogar. Lisca, que está longe de ser doido, deve aproveitar o que há de bom no sistema defensivo e melhorar a criação do Santos.