Invisible

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Lances invisíveis: gol de falta de Branco contra Holanda completa 22 anos

Branco tinha 30 anos na Copa de 1994. Era reserva de Leonardo e entrou contra a Holanda por causa da suspensão do titular

Branco marca de falta contra a Holanda (Foto: Reprodução)
Escrito por

Cláudio Ibrahim Vaz Leal, o Branco, tinha 30 anos de idade na Copa de 1994. Era reserva de Leonardo. Mas o lateral titular foi suspenso pela Fifa, após a cotovelada violenta que acertou o rosto de Tab Ramos, na vitória de 1 a 0 sobre os Estados Unidos. E acabou entrando na partida contra a Holanda, em Dallas, pelas quartas de final. O técnico Carlos Alberto Parreira sofreu muitas críticas. Cronistas e torcedores afirmavam que o craque era lento e não poderia conter o veloz ponteiro laranja Overmars.

Mas as previsões efetivamente falharam. Graças à sua categoria, Branco deixou o atacante holandês travado, e ainda encontrou espaço para apoiar. O primeiro tempo acabou 0 a 0. Aos oito minutos da etapa final, Aldair lançou Bebeto, que cruzou da esquerda para Romário abrir o placar. Aos 18, De Goeij deu um chutão. Branco rebateu de cabeça na direção de Romário. O atacante estava em posição irregular e deixou a bola chegar até Bebeto, que driblou o goleiro e fez 2 a 0. E comemorou com o “nana-neném”, que fez escola, em homenagem ao nascimento do filho Matheus.

Nas raras bobeadas que teve na Copa, a zaga permitiu que a Holanda empatasse, gols de Bergkamp e Winter, entre os 18 e os 30 minutos. Parreira, diante da situação, imediatamente trocou Mazinho por Raí. Segundos depois, Branco iniciou ataque pelo setor esquerdo, e cavou uma falta, em disputa com Jonk. O próprio lateral se preparou para cobrar. Os céticos, mais uma vez, duvidaram da sua capacidade.

Mas o efeito foi tão sinuoso que a pancada superou não só a barreira de seis homens, como o gigante – 1,98 – De Goeij. A bola bateu no pé da trave esquerda e entrou. No replay, foi possível notar que Romário fez um breve corta-luz, encolhendo as costas, o que acabou confundindo o goleiro. Aos 44 minutos, Branco foi substituído por Cafu, passando Jorginho para a lateral-esquerda. “Foi o gol cala-boca”, desabafou o craque do Fluminense, que continuou no time contra a Suécia e a Itália, até a conquista do tetra mundial.



BRASIL 3 x 2 HOLANDA

Data: Sábado, 9 de julho de 1994.

Competição: Copa do Mundo de 1994 / Quartas de final.

Local: Estádio Cotton Bowl, em Dallas-Texas / Estados Unidos.

Público: 63.500 espectadores.

Arbitragem: Rodrigo Badilla / Costa Rica, Mohammad Fanaei / Irã e Yousif Abdulla Al-Ghattan / Bahrein.

Gols: Romário 53, Bebeto 63’, Dennis Bergkamp 64’, Aaron Winter 76’ e Branco 81’.

BRASIL: Taffarel, Jorginho, Márcio Santos, Aldair e Branco (Cafu 89’); Mauro Silva, Dunga, Mazinho (Raí 81’) e Zinho; Bebeto e Romário. Técnico: Carlos Alberto Gomes Parreira.

HOLANDA: Ed de Goeij, Stan Valcx, Ronald Koeman e Rob Witschge; Frank Rijkaard (Ronald de Boer 65’), Jan Wouters, Willem Jonk, Peter van Vossen e Aaron Winter; Marc Overmars e Dennis Bergkamp. Técnico: Dick Advocaat.