Saúde/Fitness

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Médico Dr. Marcos Staak indica cautela com utilização de testosterona: “Não é suplementação”

(Foto: Arquivo pessoal)
Escrito por

A necessidade de reposição - ou não - de testosterona entre homens acima dos 35 anos é um dos assuntos constantemente debatidos atualmente nas redes sociais. O método tem sido amplamente incentivado entre alguns médicos e por usuários que relatam benefícios no procedimento, mas até que ponto ele é realmente benéfico?

De acordo com o médico Marcos Staak, é importante ter cautela quanto a este tipo de procedimento. Afinal, a indicação de tratamento seria apenas para aqueles que realmente tiverem doses baixas do hormônio no organismo.

“Testosterona não é suplementação. É um hormônio que pode (ou deve) ser reposto quando deficiente. A testosterona deve ser administrada apenas a um homem adulto que seja hipogonádico, conforme evidenciado por sintomas e sinais clínicos consistentes com deficiência de androgênio e uma concentração sérica de testosterona subnormal matinal (8 às 10 horas) em três ocasiões distintas. Os sintomas e sinais sugestivos de deficiência androgênica incluem baixa libido, diminuição das ereções matinais, perda de pelos no corpo, baixa densidade mineral óssea, ginecomastia e testículos pequenos”, explicou Dr. Marcos Staak.

“Sintomas e sinais como fadiga, depressão, anemia, redução da força muscular e aumento da massa gorda são menos específicos. Os efeitos benéficos da testosterona nesses homens são claros e eles devem ser tratados com testosterona para elevar suas concentrações séricas de testosterona ao normal. A medição da concentração sérica total de testosterona (livre e ligada a proteínas) é geralmente um reflexo preciso da secreção de testosterona. A faixa normal em homens adultos na maioria dos laboratórios é de aproximadamente 300 a 800 ng/dL - valor abaixo de 300 com sintomas fechariam o diagnóstico para que seja feita reposição”, completou.

A administração do hormônio pode trazer benefícios, mas também existem efeitos colaterais. Deste modo, o procedimento deve sempre ser acompanhado por um profissional, que saberá avaliar se realmente existe a necessidade de realizar o tratamento, conforme observou o Dr. Staak.

“Os efeitos desejáveis da administração de testosterona incluem o desenvolvimento ou manutenção de características sexuais secundárias e aumento da libido, força muscular, massa livre de gordura e densidade óssea. Já os efeitos indesejáveis relacionados diretamente à testosterona incluem acne, distúrbios da próstata (como sintomas de hiperplasia prostática benigna [HPB]), apneia do sono e eritrocitose”, ressaltou.

“Várias pessoas acabam buscando auxílio para utilizar hormônios sem qualquer indicação clínica. Além disso, quando pensamos na utilização em doses suprafisiológicas para performance, muitos usuários acreditam que o uso do hormônio fará por eles o que eles mesmos não realizam, criando uma falsa ideia de que o hormônio cobrirá os furos em dieta e treinamento ruim. Em minha prática, há muito mais contraindicação do que indicação clínica ao uso de testosterona”, concluiu.