Rio 2016

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Vadão lamenta decepção para torcida e torce pelo ‘fico’ de trio na Seleção

Técnico da Seleção ressalta trabalho realizado no ciclo olímpico, elogia estratégia defensiva da Suécia e espera que Formiga, Cristiane e Marta sigam defendendo a equipe nacional

(Foto: Paulo Sergio/Lancepress!)
Escrito por

A eliminação nos pênaltis para a Suécia diante de um Maracanã com mais de 70 mil presentes doeu demais nas jogadoras e comissão técnica da Seleção feminina de futebol. O fim do sonho do ouro olímpico nos Jogos do Rio era visto no samblante das jogadoras, muitas delas chorando na saída de campo, e do próprio técnico Vadão durante sua entrevista coletiva nesta terça-feira.

O treinador do Brasil não escondeu o gosto amargo por cair diante de um rival que havia sido goleado pelo time verde e amarelo ainda na fase de grupos.

- Sobre a derrota foi horrível. Nós tivemos o domínio do jogo e sabíamos que a estratégia da Suécia seria essa. Tivemos poucas oportunidades de gol e nos pênaltis elas acabaram sendo mais efetivas. Falei após o primeiro confronto que aquele placar foi atípico. Ficamos devendo para o nosso torcedor, que nos apoiou desde o início e fez uma linda festa. Poder atuar diante de 70 mil pessoas, em um estádio que é sinônimo cultural e representativo do futebol brasileiro  é algo único para a modalidade feminina - declarou o treinador, que não reclamou de um possível anti-jogo pela estratégia de jogo adversária:

- Acredito que se nosso adversário fosse os Estados Unidos a postura seria diferente. Mas não posso reclamar da postura da Suécia. Elas tinham essa proposta de jogo e foram quase perfeitas nesse sentido. Além disso elas estão na final, nós não. Então precisamos elogiar.

Vadão, por outro lado, se mostrou preocupado com a transição para o próximo ciclo olímpico. Questionado na coletiva sobre as declarações de Formiga e Cristiane (disseram que não deveriam seguir mais na Seleção), o treinador espera que a afirmação tenha sido tomada de cabeça quente.

- Todo mundo está no calor da desclassificação. Não conversei com elas e não sei o que elas disseram. Espero que tenha sido algo de cabeça quente. Não podemos perder jogadoras como a Formiga, Cristiane e a própria Marta em um processo de transição. A modalidade tem um calendário mais curto e a reposição com isso é lenta, diferente do masculino. Caso elas saiam, será um trabalho mais árduo e lento.

Sobre o futuro, o treinador acredita que o resultado conquistado nos Jogos Olímpicos só fortalecerá ainda mais o projeto da Seleção permanente. Contudo, ele não garantiu se vai permanecer ou não no cargo.

- O projeto vai continuar. É um desejo do presidente da CBF (Marco Polo Del Nero) pela continuidade para o crescimento da modalidade. Agora se amanhã a direção entender que é necessária a mudança da comissão técnica para tocar a sequência do futebol feminino é outra história - afirmou Vadão, que revelou ainda que partiu dele a decisão em utilizar Cristiane sem estar 100% diante da Suécia:

- A decisão e responsabilidade por começar com a Cristiane no banco foi totalmente minha. Não passou pelo departamento médico. Ontem conversei com ela e avise que não pretendia iniciar com ela ou até mesmo colocá-la em campo. Foi uma estratégia minha, uma vez que se a gente passa, teria três dias para que ela estivesse mais inteira. Mesmo sem dor, ela não treinou. Então pela situação de jogo optei em lançar ela no jogo - finalizou.

O Brasil agora espera pelo perdedor da outra semifinal entre Alemanha e Canadá para saber quem será seu adversário na disputa pelo bronze. O confronto acontece nesta sexta-feira, às 13h, na Arena Corinthians.