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Seleção feminina de vôlei ajusta relógio biológico para “corujão”

Mudança de rotina para jogos às 22h35 mexe com cotidiano da equipe brasileira

Na segunda-feira, Brasil x Argentina começaram a jogar quase às 23h (Foto:Paulo Sergio/LANCE!Press)
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A vitória sobre a Argentina marcou a estreia da Seleção feminina de vôlei no horário das 22h35 na Rio-2016. Daqui em diante todos os demais duelos da primeira fase (Japão, Coreia e Rússia) acontecerão na sessão corujão no Maracanãzinho. E a comissão técnica pretende fazer ajustes na rotina para diminuir o impacto nas jogadoras.

No domingo, o time treinou até meia-noite, mantendo o trabalho de ambientação ao horário, iniciado semanas atrás em Saquarema, no Centro de Treinamento da CBV. Ontem, a programação começou mais tarde do que o normal. A delegação saiu da Vila Olímpica para treinar às 11h. Primeiramente as jogadoras assistiram aos vídeos sobre as argentinas. O treinamento começou por volta das 12h30, tendo cerca de 1h45 de duração. O almoço aconteceu às 15h e depois as atletas puderam descansar nos quartos. Às 20h, nova saída da Vila, na Barra, rumo ao Maracanãzinho, na Tijuca. Depois de 1h estavam todas no ginásio. O jogo começou às 22h52, acabando às 0h08.

- Ontem (domingo) saímos do ginásio de treinamento por volta de meia-noite. Sabemos que essa rotina será constante até o dia 14, quando acaba a primeira fase. A gente treinava às 19h, 20h em Saquarema. Mas elas estranham jogar quase às 11h da noite. É depois deste jogo com a Argentina que iremos entender a rotina de verdade, pois vamos chegar na Vila após às 2h da manhã. Depois tem banho, jantar e fazer as jogadoras diminuírem a adrenalina... Muita gente vai descansar apenas depois das 4h. Isso mexe com toda a rotina - admitiu Paulo Coco, assistente técnico da Seleção, ao LANCE!.

Segundo o preparador José Elias de Proença, o organismo precisa de 10 a 12 horas de descanso entre um jogo e o treinamento seguinte. Por essa lógica, o próximo trabalho com bola só poderia acontecer no meio da tarde desta terça.

- Cada jogadora reage de uma forma, mas esse é o período mínimo para evitar dores musculares. Hoje posso dizer que as jogadoras já estão adaptadas por já estarmos fazendo uma preparação em horários semelhantes desde Saquarema - falou ele.

Sem saber como as jogadoras irão reagir, José Roberto Guimarães prevê apenas um trabalho na academia no início desta tarde. A tendência é de que treino com bola aconteça somente à noite, a partir das 20h.

- Não estamos acostumados. A hora do almoço era para ser entre meio dia e uma hora. Mas estamos agora mudando entre duas e três da tarde. Agora é que vamos começar a ter ideia de como administrar o dia. Amanhã, será que vale a pena treinar?

Em recuperação de um problema na panturrilha, a meio de rede Thaisa não jogou. Mas reclamou do horário do jogo:

- Para o atleta é péssimo. Está na hora de começarem a pensar no lado do atleta, não só do lado da mídia. Costumo dormir cedo, mas tenho um problema sério: depois de jogo, ainda mais quando acho que jogo mal, a cabeça não para e sofro para dormir.