Rio 2016

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

‘Rio-2016 teve mais acertos do que erros e deixará saudades’

Apesar de temor sobre a realização dos Jogos Olímpicos por conta da crise econômica, Brasil deu conta do recado na organização do evento e mostrou seu valor para o mundo

(Foto: Vitor Silva/SSPress)
Escrito por

Em outras edições dos Jogos Olímpicos, era quase uma tradição o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) encerrar o evento dizendo que “foi a melhor Olimpíada da história”. Até a tarde do último domingo, pelo menos, o alemão Thomas Bach não havia feito tal avaliação da Rio-2016.

A Olimpíada brasileira foi a melhor da história? Seguramente não. E nem poderia. Para isso, precisaria gastar rios de dinheiro, algo que está em falta em um momento de crise econômica. Mas mesmo com um grande pessimismo local e internacional antes das competições começarem, os Jogos Rio-2016 terminaram com muito mais acertos do que erros, e certamente deixarão saudades no coração de todos que viveram estes dias alucinantes.

A Olimpíada do Rio ficará marcada esportivamente pelas despedidas de dois astros mundiais, Michael Phelps e Usain Bolt. Será lembrada também pela paixão dos torcedores brasileiros, que levaram a todas as arenas um clima de arquibancada de futebol – se bem que, em algumas ocasiões, a postura passou dos limites em vaias descabidas, e competições sem brasileiros de destaque tiveram baixísismo público.

O evento na Cidade Maravilhosa também primou pela segurança. Os temores de atentados passaram bem longe do Rio de Janeiro. Incidentes geralmente são inevitáveis, e eles aconteceram. Como nos pequenos furtos na Vila dos Atletas, e na morte de um agente de segurança em uma favela do Rio.

É preciso elogiar também a beleza e funcionalidade das arenas olímpicas, em contraste com alguns tropeços nas instalações, como a falta de comida nas lanchonetes e as longas filas nos primeiros dias.

Em um evento do tamanho de uma Olimpíada, os problemas certamente vão acontecer. É inevitável. A questão é fazer com que eles não roubem a cena. E foi isso o que a Rio-2016 conseguiu. As virtudes foram muito maiores do que os defeitos. No fim das contas, o Brasil tem que se orgulhar e muito deste evento histórico.

BALANÇO GERAL

- ARENAS: De modo geral, as arenas estiveram dentro do padrão que se espera para uma Olimpíada. Não se viu na Rio-2016 instalações luxuosas como muitas dos Jogos de Pequim-2008, por exemplo, mas o público pôde acompanhar os maiores astros do esporte mundial em ginásios e estádios confortáveis e bem sinalizados. 

- SEGURANÇA: Com exceção de um ou outro caso isolado - o 'assalto de mentira' de Ryan Lotche não entra na conta -, a segurança foi total no Rio de Janeiro no período da Olimpíada. Tanto nas arenas como no Parque Olímpico, Vila dos Atletas e nos caminhos do acesso à torcida, o esquema de segurança funcionou sem problemas. 

- VILA DOS ATLETAS: Se a primeira impressão é a que fica, por pouco a imagem da Rio-2016 não ficou arranhada na abertura da Vila dos Atletas, quando a Austrália deixou o local alegando falta de condições de ocupar os apartamentos, muitos deles com goteiras e fiação exposta. Dias depois, um princípio de incêndio no local deixou o clima tenso. 

- COMPETIÇÕES: Para quem esperava que problemas de organização atrapalhassem o desempenho dos atletas, eis outra boa constatação: todos os eventos olímpicos na Rio-2016 transcorreram normalmente. Nem mesmo o medo de que a poluição da Baía de Guanabara fosse responsável por problemas nas provas de vela se confirmou. 

- ALIMENTAÇÃO: Talvez o maior problema para quem acompanhou as competições nas arenas olímpicas do Rio de Janeiro. Além de cobrarem preços extorsivos (uma garrafa de água de 300ml custava R$ 6), a variedade de opções era pequena e a quantidade, também. Não era raro um ponto de vendas dentro de um estádio ter que fechar por falta de produtos.